No local foi encontrada condição precária de higiene. Foi constado que lá também eram feitas extrações e obturações, o que é ilegal.

Por volta das 15h30 desta quinta-feira fiscais da Vigilância Sanitária acompanhados de representantes do Conselho Regional de Odontologia (CRO) fecharam o laboratório do protético Édson Martins Coenga, 53 anos, o Edinho. No local foi verificada condição de higiene incompatível para a produção de prótese e outras irregularidades que caracterizam exercício ilegal da profissão.

O laboratório funcionava na Rua Abrão Julio Rahe, quase esquina com a Rua Bahia, em uma pequena casa com pouca iluminação. No mesmo terreno também funcionava várias residências. Os fiscais foram acionados por meio de uma denúncia no Procon.

A fiscalização encontrou grande quantidade de formas para fazer dentaduras, prática que Édson Coega, o Edinho, tinha autorização para fazer como protético, desde que legalmente registrado no CRO e Vigilância Sanitária. Porém, as condições de armazenamento eram incompatíveis.

Em um segundo cômodo os fiscais encontraram uma cadeira para atendimento dentário, o que Edson não tinha permissão para fazer. Ele alegou que o mobiliário é de um dentista que mora em Camapuã e, eventualmente, fazia extrações e obturações ali. Mesmo com registro do dentista, isto não era permitido naquele local. Outros cinco profissionais da odontologia também prestam serviços no local.

O local foi interditado e Edson foi notificado. Ele pode pagar multa que varia de R$ 100 até R$ 15 mil. Quanto ao CRO, o procedimento será abrir um processo ético-administrativo e Édson poderá perder o registro de protético.

Mesmo trabalhando há mais de 30 anos como protético, Édson disse que desconhecia o fato de que não poderia deixar que dentistas atendessem em seu escritório protético.

Candidato

Na parede do “estabelecimento” de Edson Coenga há uma pintura que revela que ele já foi candidato a deputado estadual, pelo PTC, pela Coligação Amor Trabalho e Fé.