Fazenda nega existência de relatório do Coaf sobre empresa de Palocci

O Ministério da Fazenda negou nesta quinta-feira (19), por meio de nota, que o Conselho de Atividades Financeiras (Coaf) tenha enviado à Polícia Federal um relatório comunicando que a empresa Projeto, do ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, realizou uma operação financeira suspeita na compra de um imóvel. Segundo reportagem do jornal “O Estado de […]

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O Ministério da Fazenda negou nesta quinta-feira (19), por meio de nota, que o Conselho de Atividades Financeiras (Coaf) tenha enviado à Polícia Federal um relatório comunicando que a empresa Projeto, do ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, realizou uma operação financeira suspeita na compra de um imóvel.

Segundo reportagem do jornal “O Estado de S. Paulo”, o Coaf, subordinado ao Ministério da Fazenda, teria classificado a operação como “atividade irregular” porque o imóvel adquirido pela Projeto seria de uma empresa sob investigação policial.

“Ao contrário do que afirma o jornal “O Estado de São Paulo”, em matéria publicada no dia 19 de maio, o COAF não enviou relatório à Polícia Federal comunicando que a empresa Projeto fez uma operação financeira suspeita e também não afirmou, como menciona a manchete da matéria, que ‘o negócio feito por empresa de Palocci é suspeito’”, diz o Ministério da Fazenda na nota.

Nesta quinta, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, se reuniu duas vezes com a presidente Dilma Rousseff no Palácio da Alvorada. A primeira reunião de Mantega com a presidente ocorreu de 11h às 13h50. Por volta, das 16h, Mantega retornou ao Alvorada para mais um encontro com Dilma, que durou pouco mais de uma hora. O ministro Antonio Palocci também se reuniu com a presidente ao longo do dia.

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, também teve reunião com Dilma na tarde desta quinta pouco depois de negar na Comissão de Segurança da Câmara que a Polícia Federal esteja investigando Palocci e a empresa dele. Dilma também se reuniu com o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, responsável por assessorar juridicamente o Poder Executivo. Os encontros desta quinta da presidente teriam o objetivo de traçar a estratégia do governo na defesa de Palocci.

Desde que veio à tona a notícia de que o ministro da Casa Civil teve o patrimônio multiplicado por 20 em quatro anos, ministros e parlamentares da base aliada se mobilizaram, a pedido do Planalto, para defender Palocci.

Em nota divulgada nesta quinta pela assessoria, a empresa de Palocci afirmou que todas as atividades, inclusive a compra de dois imóveis que somam cerca de R$ 7,5 milhões, respeitaram a legislação e os limites éticos.

“Todas as atividades da Projeto foram realizadas estritamente dentro do marco legal, respeitando os limites éticos e exigências de informação por parte dos órgãos de controle”, diz a nota divulgada pela assessoria de imprensa contratada por Palocci especificamente para responder pela empresa dele.

A Projeto afirma ainda que não recebeu “qualquer comunicação do Coaf e desconhece qualquer procedimento do órgão em relação à empresa.”

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