Família pede ajuda para cuidar de trigêmeos na Capital

Pai foi demitido quando seus chefes souberam que a mulher era gestante de trigêmeos; para sustentar as crianças, o hoje porteiro de prédio em Campo Grande recebe R$ 700 mensais e ‘se vira’ fazendo ‘bicos’ pela cidade

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Pai foi demitido quando seus chefes souberam que a mulher era gestante de trigêmeos; para sustentar as crianças, o hoje porteiro de prédio em Campo Grande recebe R$ 700 mensais e ‘se vira’ fazendo ‘bicos’ pela cidade

Pegos de surpresa e com uma renda de R$ 700 por mês, uma família de Campo Grande pede ajuda para poder tratar dos trigêmeos que chegaram há três meses. Segundo a mãe, Rosana Oriosvaldo de Oliveira, de 31 anos, os bebês precisam de leite em pó, fralda descartável e roupas.

Segundo o pai, Welinton Willian de Oliveira, de 28 anos que trabalha como porteiro em prédio do centro de Campo Grande, conta que a situação da família está difícil no momento.

“Eu trabalhava em outro serviço como zelador, mas quando a minha ex-patroa descobriu que a minha mulher estava grávida de trigêmeos me dispensou e agora estou neste serviço e o meu salário fica em R$ 700. Fora isso faço alguns bicos pra sustentar a minha família”, diz Welinton.

Ainda segundo o pai, enquanto trabalhava no outro serviço comprou um carro, mas como vieram os bebês, a renda diminuiu a situação ficou mais apertada.

“O salário que eu ganho vai para pagar as prestações do carro, e o restante que sobra eu pago a luz, água e compro algumas mistura para casa. Eu não posso deixar de ter o carro, porque eu preciso dele pra fazer os meus bicos e levar as crianças no médico”, comenta.

Juntos há oito anos, o casal que não chegou a completar o nível fundamental, já tem um filho, Felipe Willian, de 5 anos, que ajuda os pais a cuidar dos irmãos. “A nossa situação só não está mais difícil porque há dois meses ganhamos essa casa do governo. Se não fosse isso não sei onde iríamos morar”, comenta a mãe das crianças.

Segundo ela, Daniel, Gabriel e Ane Gabrieli, precisam de leite em pó, fraldas descartáveis e roupinhas. “Nós ganhamos muitas roupinhas, mas como eles estão crescendo rápido, estou perdendo rápido”, conta Rosana.

Com relação ao leite a mãe explica que “a médica quer que a gente dê um leite que contêm diversos nutrientes, mas só a lata custa R$ 40, pra gente fica muito pesado”.

Os trigêmeos consomem no mês cerca de 10 latas de 800 gramas (R$ 400), e mais de 100 fraldas descartáveis na semana. “A gente só consegue comprar, porque eu faço os meus bicos e recebo ajuda de vizinhos que sabe da nossa situação”, explica a pai.

O lado bom

A vida do casal mudou quando foram ao médico para a consulta. “No dia que eu fui até ao posto de saúde, o médico fez a ultrassom para ver como estava os gêmeos. Durante o exame, ele descobriu que havia mais um bebê e com o tempo fomos ver que era uma menina”, conta mãe.

Conforme o casal, além de Felipe, no início a mãe de Rosana chegou ajudar a cuidar das crianças. “No inicio foi uma loucura, um chorando aqui, outro a gente dando banho, outro mamando, mas eu agradeço a Deus por ele ter nos dado essas preciosidades e mais o Felipe”, conta pai.

O casal mora no residencial Analdino Silva, bairro novo que fica próximo ao bairro Campo Novo na Capital. Para quem quiser fazer doações a família pode entrar em contato neste telefone (67) 9656-4720. “Quero agradecer a todos que puderem nos ajudar neste momento difícil pra nós”, finaliza o pai.

A Secretaria Municipal de Assistencial Social (SAS) da prefeitura já agendou uma visita na residência da família para a próxima semana para verificar a situação.

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