A falta de planejamento pode atrapalhar a mobilidade urbana para a Copa do Mundo de 2014 e para as Olimpíadas de 2016. A avaliação foi feita pelo professor de engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Fernando Mac Dowell. Segundo ele, a esperança na área da mobilidade é o ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, que está assumindo a presidência da Autoridade Pública Olímpica (APO).

“Para fazer uma montagem dessas, você precisa ter um planejamento muito bem elaborado, que considere os prazos de estudos, projetos, as obras e os recursos necessários para sua realização”, disse Mac Dowell, que é doutor em engenharia de transportes.

Responsável pela elaboração do plano B das Olimpíadas para o governo federal, o professor da UFRJ fez um estudo sobre as possibilidades de recursos por meio de parcerias público privadas (PPPs) e levou em consideração as tecnologias disponíveis: aeromóvel, monotrilho, trem de levitação magnética, BRT, metrô, veículo leve sobre trilhos (VLT). A conclusão foi apresentada e aprovada em Brasília por diversos órgãos, entre os quais os Ministérios das Cidades e do Esporte. “E foi aí que o aeromóvel surgiu com força muito grande”.

No sistema BRT, o governo entra com 95% e a iniciativa privada com 5%, enquanto no modelo do aeromóvel, o governo colocaria 30% dos investimentos necessários e o setor privado 70%. “Com isso, conseguiríamos ampliar a quantidade de possibilidades de sistemas de transporte de massa e, até, o metrô. Por isso, a Linha 4 do metrô do Rio de Janeiro foi feita”.