Exército reforça fiscalização contra aftosa na fronteira para manter status de MS

Depois dos boatos de que Mato Grosso do Sul tinha focos de febre aftosa, autoridades ligadas à saúde animal desmentiram possibilidade e montaram estratégias de defesa na região de fronteira. Objetivo é manter o status de livre de aftosa com vacinação.

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Depois dos boatos de que Mato Grosso do Sul tinha focos de febre aftosa, autoridades ligadas à saúde animal desmentiram possibilidade e montaram estratégias de defesa na região de fronteira. Objetivo é manter o status de livre de aftosa com vacinação.

Um ataque de especuladores. É assim que define autoridades ligadas à saúde animal de Mato Grosso do Sul sobre o boato que circulou em outros estados de que haveria no MS focos de febre aftosa. Os rumores, inclusive, chegaram até a bolsa de valores do estado de São Paulo.

Na visão da  secretária de Produção e Turismo de MS, Tereza Cristina Correa da Costa Dias, o boato de febre aftosa  seria de interessados em derrubar o preço da carne. A informação é de que passaram a divulgar informações falsas sobre o controle sanitário animal em Mato Grosso do Sul, aproveitando a notificação de um foco de febre aftosa no Paraguai e o fato do estado ser fronteira com esse País. 

“Esse boato foi plantado por alguém que pensa apenas no próprio bolso, confunde negócio com o estado. Ele queria baixar o preço da carne na bolsa de valores para sair no lucro. Mas como nossa ação foi instantânea, acredito que não deu tempo de repercutir negativamente no mercado”, explicou a secretária.

Para conter as especulações e evitar prejuízos, a Polícia Federal e a Segurança Pública de Mato Grosso do Sul já estão investigando a origem e a responsabilidade dos boatos para punir os responsáveis. O presidente da Acrissul (Associação de Criadores de Mato Grosso do Sul) também estava presente durante a coletiva, na tarde desta sexta-feira. “Estou aqui para tratar da questão da aftosa e tomar conhecimento das ações que estão sendo feitas no estado”, explicou Chico Maia.

Conforme o Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), não há notificação, indício ou sinal de caso de aftosa nessa região. A secretária salientou que o controle sanitário está forte, conta com o apoio da Polícia Militar e do Exército e os levantamentos indicam com segurança que MS matem todas as condições de estado livre de aftosa com vacinação.

Fronteira

A fiscalização continua sendo reforçada e, agora, o Exército se concentra efetivamente no combate à aftosa por meio da Operação Boiadeiro, aumentando o número de barreiras móveis e fixas. Além disso, Tereza Cristina destacou que “a ordem é abater todo e qualquer animal suspeito, que não tenha identificação ou documentos que comprovem sua origem”, disse a secretária.

Além disso, ela informou que o DSA (Departamento de Saúde Animal) do Ministério da Agricultura decidiu manter o início da imunização contra a aftosa conforme o estabelecido no calendário oficial, que é no dia 1º de novembro. “Não é preciso antecipar a vacinação, porque estamos seguros do nosso trabalho e não há razões epidemiológicas que justifiquem a alteração do cronograma nacional de vacinação contra febre aftosa no estado”, concluiu Tereza.

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