A psicóloga Odete Fiorda, há oito anos filiada ao Partido Verde, ex-presidente estadual do Mulher, disse discordar do vereador Marcelo Bluma, presidente regional em exercício do partido, por ele usar o gabinete como escritório da sigla.

“Ele [Bluma] é complicado politicamente. Sempre aparece em legendas pequenas e tenta dominar o partido. Usar o gabinete é errado, o dinheiro público está pagando a água, a luz, o telefone, contas que deveriam ser quitadas pelo partido”, afirmou a militante.

Odete disse ainda que tanto o vereador Marcelo Bluma quanto seus assessores, se filiados e ocupando cargo de confiança, deveriam repassar ao diretório do PV regional, 5% de seus salários. O percentual anunciado é uma espécie de dízimo que o membro do partido tem a obrigação de repassar à sigla.

“Cadê esse dinheiro? Com ele daria para pagar o aluguel de uma casa e ali funcionar a sede do diretório do partido. Usar o gabinete como ele tem feito é uma falta de decoro parlamentar”, acredita a psicóloga.

Ferir o decoro, como sugeriu a Odete, é o mesmo que prática de abuso de poder ou quando o parlamentar comete um ato irregular grave. Provado isso, o crime pode motivar cassação de mandato, segundo a regra política.

A militante disse também que membros do partido já fizeram reclamações à presidência nacional do PV acerca das ações de Marcelo Bluma. O manifesto, segundo ela, foi encaminhado ao presidente regional do partido, Carlos Leite, que mora da .

“Até agora, sem entender muito isso, nada fizeram”, reclamou.