Ex-assessor que envolveu secretário de governo em denúncias ainda está na cadeia

Celso Roberto Costa, o ‘Mário Covas’, é mantido trancafiado após ter o pedido de liberdade negado pela Justiça, embora o Ministério Público tenha opinado pela soltura dele.

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Celso Roberto Costa, o ‘Mário Covas’, é mantido trancafiado após ter o pedido de liberdade negado pela Justiça, embora o Ministério Público tenha opinado pela soltura dele.

Preso desde o dia 7 deste mês por suposta tentativa de extorsão, o ex-assessor parlamentar do vereador de Campo Grande Vanderlei Cabeludo, do PMDB, Celso Roberto Costa, conhecido como “Mário Covas”, foi mantido trancafiado ao ter o pedido de liberdade negado pela Justiça, embora o Ministério Público tenha opinado pela soltura dele.

Hoje (31), contudo, o defensor de Costa, o advogado Sandris Melo, ingressa com recurso no TJ-MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), corte que deve definir a causa numa semana.

Celso Costa disse numa entrevista mostrada pela internet que no gabinete do vereador funcionaria um esquema fraudulento de distribuição de casas populares, construídas com recursos públicos. Depois da publicação, Costa foi levado para a delegacia, onde prestou depoimento, cujo conteúdo é mantido em segredo pela Polícia Civil.

No dia seguinte ao depoimento, Costa foi detido por ter supostamente tentado extorquir o vereador. As circunstâncias da prisão também são mantidas em segredo. O ex-assessor teria exigido dinheiro do ex-patrão e, em troca disso, retiraria a denúncia que teria revelado à reportagem e à polícia.

O advogado de Costa não quis entrar em detalhes sobre a prisão do ex-assessor, a qual chamou de suspeita por falta provas. Ele disse que comenta o caso após o TJ-MS decisão o recurso que pede liberdade a Costa.

Em trechos dos vídeos, Celso Costa envolveu o secretário de governo Osmar Domingues Jerônimo com comentários de cunho pessoal.

A Justiça, segundo o defensor, não soltou Celso Costa por entender que o detido “possui no passado ações que comprometem sua idoneidade moral”.

O advogado contesta a interpretação por achar que esse entendimento deveria, sim, ser válido caso o ex-assessor tivesse sido condenado em algum processo, o que não aconteceu, segundo Sandris Melo.

De acordo com a denúncia do ex-assessor, o esquema de distribuição de casas populares envolvia dinheiro. O interessado em obter o benefício mais rápido pagava até R$ 600 reais. Depois disso, o nome da pessoa que ia atrás do esquema seria posto entre os primeiros da lista, trapaceando aqueles que ali aguardavam havia mais tempo.

Embora a denúncia do ex-assessor tenha sido desprezada pela Câmara dos Vereadores, um projeto engavetado há tempos na Casa foi aprovado recentemente. Agora, os sorteios das casas devem ser feitos em praça pública. A ideia, entretanto, precisa ainda da homologação do prefeito da cidade, Nelsinho Trad, do PMDB.

O vereador Vanderlei Cabeludo nega a existência do esquema.

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