O empreendedorismo na área cultural está sendo discutido hoje (3), no Rio, em encontro que reúne mais de 600 representantes dos vários segmentos do setor. Artistas, empresários, patrocinadores e produtores culturais, de diversos estados brasileiros, participam do Cultura Brasil 2011. Além de palestras e debates, o evento conta com apresentações de grupos artísticos e uma feira com 60 estandes de projetos, produtos e serviços culturais.

“A cultura brasileira é um setor que ainda necessita aumentar sua capacidade de gerar lucro e empregos”, afirma Solange Bighetti, do Instituto Dominus, um dos organizadores do evento que tem o patrocínio do Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa (Sebrae).

As leis de incentivo à cultura foram discutidas no primeiro debate do encontro, aberto pelo secretário municipal de Cultura do Rio, Emilio Kalil. “A realidade é que só através da renúncia fiscal, propiciada pelas leis de incentivo, é que os projetos culturais conseguem patrocínio”, diz Solange, para quem um dos principais desafios, hoje, é melhorar as condições de trabalho da mão de obra empregada pelo setor. “Hoje, 5% do universo de trabalhadores já são da economia da cultura, mas a informalidade no setor está crescendo muito. É preciso tornar mais forte e mais profissional o trabalhador da cultura”.

A ideia dos organizadores é fazer do Cultura Brasil um evento anual de discussões sobre o empreendedorismo no setor e também de geração de negócios. Um dos temas debatidos é a criação de uma rede digital de projetos sócio-culturais. “Será um fórum permanente para os negócios se manterem, por meio de um catálogo digital de todos os participantes”, explica Ana Ferguson, idealizadora do encontro. Segundo ela, a rede digital atenderá aos micro, pequenos e médios empreendedores culturais.