EUA: procurador-geral se defende em escândalo de armas no México

O procurador-geral dos Estados Unidos, Eric Holder, negou nesta sexta-feira ter tido conhecimento de uma operação de luta contra o tráfico de armas na fronteira mexicana que desembocou na perda de armas americanas e seu uso por cartéis de droga mexicanos. Quando o escândalo explodiu, no início de 2011, foi confiada ao inspetor geral do […]

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O procurador-geral dos Estados Unidos, Eric Holder, negou nesta sexta-feira ter tido conhecimento de uma operação de luta contra o tráfico de armas na fronteira mexicana que desembocou na perda de armas americanas e seu uso por cartéis de droga mexicanos.

Quando o escândalo explodiu, no início de 2011, foi confiada ao inspetor geral do Departamento de Justiça uma investigação sobre essa operação conduzida desde julho de 2010 pela agência federal de álcool, tabaco e armas (ATF) e batizada de “Rápidos e Furiosos”.

“Não tenho nenhuma lembrança sobre ‘Rápidos e Furiosos’ nem de ter escutado esse nome antes do escândalo”, escreveu Holder em uma carta enviada nesta sexta-feira aos membros do Congresso.

Um relatório legislativo mostrou que a ATF perdeu o rastro de grande parte de um carregamento de cerca de 1 mil armas que tinha passado como contrabando para o México em meio a essa operação.

Segundo o relatório, ao menos 122 dessas armas foram finalmente utilizadas para realizar crimes no México. Duas delas foram encontradas na cena do crime de um guarda da fronteira morto em dezembro de 2010 no Arizona.

O procurador-geral negou as acusações de alguns parlamentares republicanos, segundo as quais ele tinha conhecimento da operação.

Apesar de Holder saber que em 2010 a ATF “conduzia operações contra o tráfico de armas na fronteira” com o México, afirmou não ter tido “nenhum conhecimento” antes do início de 2011 “das táticas empregadas na operação”, as quais qualificou de “inaceitáveis”.

Afirmou que essas táticas “foram empregadas em uma investigação conduzida pela administração anterior” de George W. Bush, mas não deviam “nunca mais ser adotadas em nenhuma investigação”.

Holder afirmou que seu departamento “proíbe conceber ou conduzir operações secretas que prevêem a passagem não controlada de armas pela fronteira”.

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