Estudo mostra que tratamento contra bactéria que ataca estômago é eficaz

Um tratamento triplo testado na América Latina para erradicar a bactéria Helicobacter pylori, que causa câncer no estômago, apresentou resultados melhores que outros tratamentos mais recentes testados na Europa, disse um estudo médico publicado na quarta-feira (local). A análise, publicada pela revista médica britânica “The Lancet”, foi realizada em sete centros: um no Chile, um…

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Um tratamento triplo testado na América Latina para erradicar a bactéria Helicobacter pylori, que causa câncer no estômago, apresentou resultados melhores que outros tratamentos mais recentes testados na Europa, disse um estudo médico publicado na quarta-feira (local).

A análise, publicada pela revista médica britânica “The Lancet”, foi realizada em sete centros: um no Chile, um na Colômbia, um na Costa Rica, um em Honduras, um na Nicarágua e dois do México. Os 1.463 participantes tinham idades entre 21 e 65 anos e eram portadoras da bactéria, que é detectada por testes respiratórios.

Esta bactéria é a principal causadora de câncer de estômago no mundo, sendo responsável por 60% dos casos, disseram os autores da pesquisa. A maioria dos 750 mil a um milhão de mortos anuais por câncer gástrico é registrada na América Latina e na Ásia, disse o estudo.

Segundo os autores, os resultados registrados na América Latina diferem dos observados na Europa e em certas populações asiáticas. “Por isso, a eficácia do tratamento para erradicar a bactéria H.pylori pode não ser a mesma em todas as regiões”, disseram os pesquisadores.

Os participantes do estudo receberam diferentes modos de tratamento escolhidos aleatoriamente. Assim, 488 pacientes receberam 14 dias da tripla terapia padrão, que inclui um medicamento contra a acidez gástrica (lansoprazola) e dois antibióticos (amoxicilina e claritromicina). Os outros dois grupos receberam terapias que utilizavam quatro e até cinco medicamentos diferentes.

O tratamento de outros 489 pacientes consistiu em cinco dias de lansoprazol, amoxicilina e claritromicina, além de metronidazol (terapia concomitante). O último grupo de pacientes recebeu cinco dias de lansoprazol e amoxicilina e depois mais cinco dias de lansoprazol, claritromicina e metronidazol (terapia sequencial).

Contudo, um grupo de médicos brasileiros criticou a pesquisa através de um comentário que acompanha o artigo, por considerar que é necessário realizar investigações complementareas antes de anunciar a “erradicação em massa” da bactéria.

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