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Escândalo de propinas e irregularidades se aproxima do DNIT-MS e do PR regional

O escândalo que atinge o Ministério dos Transportes se aproxima da superintendência do DNIT em Mato Grosso do Sul e já expõe nomes controversos do PR em MS. Nesta quarta-feira (20) a imprensa nacional já fala sobre uma “onda de irregularidades” que a CGU (Controladoria-Geral da União) detectou em obras nas rodovias federais em território […]
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O escândalo que atinge o Ministério dos Transportes se aproxima da superintendência do DNIT em Mato Grosso do Sul e já expõe nomes controversos do PR em MS. Nesta quarta-feira (20) a imprensa nacional já fala sobre uma “onda de irregularidades” que a CGU (Controladoria-Geral da União) detectou em obras nas rodovias federais em território sul-mato-grossense.

Matéria na edição de hoje do jornal O Estado de relata a série de problemas que foram detectadas no trabalho do DNIT-MS e já foram alvo de reportagens do Midiamax.

No total, seis obras estão na mira da devassa que a presidente Dilma determinou no Ministério dos Transportes.

Com a informação reforçada também nesta quarta de que Dilma está decidida a estender aos estados a ‘limpeza’ do Dnit, aumenta a expectativa sobre a situação do superintendente regional do DNIT em MS, Marcelo Miranda Soares. Dentro do PR, a preocupação já é a extensão dos danos políticos que a crise pode deixar.

Nomes do PR

Mato Grosso do Sul é um dos nove estados brasileiros em que o DNIT está nas mãos do PR. Marcelo Miranda Soares, que assumiu a superintendência em 2003, ainda durante o governo petista, se aproximou do PR e se manteve no cargo desde então.

O PR de MS, aliás, tem grande ligação com o setor de obras públicas. Edson Giroto, deputado federal eleito pelo partido nas últimas eleições, foi secretário de obras do governador André Puccinelli (PMDB) na prefeitura de e no Governo Estadual.

Nesse trajeto, Giroto nunca escondeu a afinidade com o DNIT-MS. Em reuniões pelo interior, se gaba de obras tocadas pelo órgão. Politicamente, a presença dele no PR, inclusive, é apontada por observadores como uma forma de o grupo político do governador, que fez campanha para José Serra em MS, tentar manter algum laço com o Governo Federal.

O laço, no entanto, pode virar um nó. Recentemente, quando chegaram a espalhar regionalmente que Edson Giroto seria um possível nome do PR para ser apresentado à presidente para o Ministério, rapidamente se espalharam em Brasília informações sobre as implicações no currículo do parlamentar de MS.

Além do envolvimento na campanha para José Serra em MS, Edson Giroto foi alvo de denúncia por enriquecimento ilícito. A compra milionária de uma fazenda por ele em sociedade com outros servidores ligados a órgãos do setor de obras públicas em MS causou suspeitas.

O valor declarado para a negociação seria inferior ao preço de mercado do imóvel rural, supostamente incompatível com os ganhos de Giroto como secretário muncipal e estadual. O promotor enviou o caso para análise do Conselho Superior do Ministério Público Estadual, onde permanece.

Com a crise no Ministério dos Transportes, uma doação para a campanha de Giroto realizada por empreiteira envolvida no suposto ‘propinoduto’ do PR já envolveu o deputado estadual sul-mato-grossense no escândalo. Ele foi citado em reportagem no último domingo (17) da revista IstoÉ.

Russo

Recentemente, outro nome do PR com currículo controverso engrossou o time do PR de MS em Brasília. Antônio Russo, acusado de dar um tombo em produtores rurais sul-mato-grossenses com a falência de um frigorífico, virou senador após Marisa Serrano (PSDB) ser indicada para o Tribunal de Contas do Estado.

Na Assembleia Legislativa de MS, que teria a prerrogativa da indicação, parlamentares reconheceram que o nome da senadora tucana teve uma ‘ajuda’ do governador André Puccinelli junto aos deputados.

Em Brasília, com 40 votos na Câmara dos Deputados e seis senadores, o PR tenta se segurar como pode. Os líderes do partido ainda garantem que, apesar da devassa, a legenda não deve sair da base governista. Em MS, Miranda garante que está correndo atrás da regularização nas obras flagradas pelas auditorias. “O Dnit-MS não tem nenhuma questão na Justiça”, disse ao Estadão.

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