Empresas paulistas do setor sucroenergético querem incentivos para investir em Dourados

Nesta terça-feira (04), diretores de duas empresas de do Estado de São Paulo do setor sucroenergético estiveram em reunião com o prefeito de Dourados Murilo Zauith. Ricardo M. Dittmer e Verner Dittmer, da Megh Waxes & Emulsions, e Marcos Antônio Fáverro, presidente da Brumazi Caldeiras, anunciaram inventimentos no município e incentivos da administração municipal para […]

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Nesta terça-feira (04), diretores de duas empresas de do Estado de São Paulo do setor sucroenergético estiveram em reunião com o prefeito de Dourados Murilo Zauith. Ricardo M. Dittmer e Verner Dittmer, da Megh Waxes & Emulsions, e Marcos Antônio Fáverro, presidente da Brumazi Caldeiras, anunciaram inventimentos no município e incentivos da administração municipal para viabilizá-los.

A Megh que está mudando o foco para a exportação, deve transferir as três unidades paulistas para Dourados. O objetivo é se aproximar do porto de Concepción no Paraguai e o porto de Paranaguá no Paraná.

Já a Brumazi, que fabrica equipamentos industriais para diversos setores do ramo sucroenergético, além de mineração, siderurgia, celulose e papel, petroquímica, cimento e bebidas, deve montar em Dourados unidade de fabricação de caldeiras de alta capacidade. A empresa está localizada em Sertãozinho (SP).

O prefeito Murilo Zauith garantiu aos empresários todo o apoio em Dourados. “Dourados está próxima do Paraguai. A soja chegou até aqui e hoje está no Paraguai; assim será com a cana-de-açúcar. Quem investir aqui tem o mercado da região e terá também o Paraguai depois”, disse o prefeito aos empresários.

Incentivos

Segundo release da Assessoria de Comunicação da Prefeitura, as empresas devem investir entre R$20 milhões e R$60 milhões nas unidades e devem gerar entre 150 e 180 empregos diretos. Porém os empreendedores querem incentivos, previstos em lei municipal, para se instalar em Dourados.

A Lei do Incentivo ao Desenvolvimento prevê desde doação de área, isenção de IPTU, isenção ISS sobre a obra – o ISSQN – e até apoio na qualificação de mão-de-obra. O release da assessoria da prefeitura afirma que os empresários pleiteiam áreas de 100 mil m² e 200 mil m² no distrito industrial.

Porém, segundo a secretária de Agricultura, Indústria e Comércio de Dourados Neire Colman, os empresários vieram conhecer a cidade e as possibilidades oferecidas pelo município para depois entrar com solicitação da carta proposta dos incentivos pleiteados. Segundo a secretária, os empresários podem pleitear todos os incentivos previstos na lei.

Questionada pela redação do Midiamax se a relação entre incentivos que as empresas podem concorrer e a geração direta de empregos não seria desproporcional, a secretária Neire Colman, afirmou que a lei de incentivos prevê que a carta proposta de incentivo, deve passar pelo Conselho Municipal de Desenvolvimento Econômico, que pode vetar estímulos pleiteados. Além disso, a lei prevê que após o conselho, a proposta passe pelo legislativo.

Neire afirma ainda que a relação é maior que apenas os empregos diretos. “Isso vai movimentar indiretamente uma cadeia do setor, todo encadeamento produtivo que gera para divisas o município”, afirma Colman. Ela afirma ainda que a cadeia do setor sucroenergético movimenta mais de 500 seguimentos.

Além disso, a lei de incentivo prevê contrapartidas de responsabilidade social e ambiental. Neire afirma ainda que para a instalação das empresas em questão a prefeitura pode exigir critérios mais específicos de contrapartida, como adoção da mão-de-obra formada pelo Qualifica Dourados.

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