Empresas cortam alimentação de operários em greve nas obras de termelétrica em MS

Os cerca de mil trabalhadores parados terão que arcar com as despesas de alimentação até que voltem ao serviço. Situação é tensa no canteiro de obras de Três Lagoas.

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Os cerca de mil trabalhadores parados terão que arcar com as despesas de alimentação até que voltem ao serviço. Situação é tensa no canteiro de obras de Três Lagoas.

A partir desta quinta-feira (26), as empresas que
terceirizam o serviço de ampliação da Usina Termelétrica Julio Carlos Prestes,
em Três Lagoas, pertencente à Petrobrás, cortaram a alimentação que forneciam
aos cerca de 1000 trabalhadores que entraram em estado de greve desde terça-feira
(24) por tempo indeterminado.  

Segundo o presidente da Federação dos Trabalhadores
nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Mato Grosso do Sul (Fetricom),
Webergton Sudário da Silva, tanto a Engecampo quanto as demais prestadoras de
serviço não propuseram acordo na assembléia realizada no início desta manhã.

“Entregamos nossa proposta e estamos aguardando uma
posição dessas empresas. A paralisação agora é geral para todos os todos os
terceirizados”, afirmou.

Neste momento, Webergton está dentro da Termelétrica
buscando um acordo com as empresas para que estas voltem a fornecer a alimentação
até que toda a negociação seja finalizada.

Reivindicações

Os funcionários da Engecampo, que iniciaram a paralisação,
pleiteiam reajuste salarial de 30,98%, aumento nos percentuais pagos sobre as horas
extras, plano de saúde com abrangência nacional, acréscimo de R$ 150,00 no
valor pago para a cesta básica, que era de R$ 90,00.

Essas reivindicações foram estendidas a todos os demais operários das empresas prestadoras de serviço à Petrobrás.

Afora o acordo financeiro, os operários desta empresa reivindicam melhores condições de moradia. Segundo eles, os locais
oferecidos para alojamento não atendem as condições básicas de higiene e saúde.

“É difícil para quem já está longe de casa conviver
com outras duas pessoas estranhas num quartinho minúsculo e com o esgoto do
local entupindo toda hora e exalando mal cheiro”, alegou o encanador, Domingos
da Silva.

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