Empate deve custar vaga a Robinho

O empate com a Venezuela foi apenas o primeiro jogo do Brasil na Copa América, mas o mau resultado na estreia fez Mano Menezes cogitar alterações na equipe. E, nesse cenário, o mais cotado para deixar o time é Robinho. A atuação apagada no primeiro jogo do torneio, a escassez de gols dele na seleção […]

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O empate com a Venezuela foi apenas o primeiro jogo do Brasil na Copa América, mas o mau resultado na estreia fez Mano Menezes cogitar alterações na equipe. E, nesse cenário, o mais cotado para deixar o time é Robinho.

A atuação apagada no primeiro jogo do torneio, a escassez de gols dele na seleção e a predisposição do treinador em tentar implantar o sistema 4-2-3-1, com Ganso como principal armador, colocam o jogador do Milan na berlinda e fazem dele o candidato a ir para o banco caso Mano cumpra a intenção de mexer no time para o segundo jogo, contra o Paraguai, no sábado.

“Vamos ajustar essa parte (criação e finalização) de modo que fique melhor. Se for preciso mudar e os treinamentos mostrarem isso, podemos trocar uma peça para tentar que seja diferente. Mas também não vamos culpar a parte ofensiva, porque o ajuste final é coletivo”, disse Mano Menezes.

São duas as possibilidades de mudança que Mano cogita. A primeira seria apenas a troca de um jogador, sem mudança tática.

Neste caso, Lucas entraria no lugar de Robinho para fazer a mesma função: atacar pelo lado do gramado, mas com a obrigação de voltar para recompor o meio de campo e ajudar na marcação – foi assim que jogou contra a Venezuela, justamente entrando no lugar de Robinho no segundo tempo.

A outra hipótese é a opção por Elano. O santista também teria a mesma incumbência, de jogar pela lateral e ajudar a marcar quando o time perder a bola, mas sem a mesma contundência de ir à linha de fundo que, na teoria, Robinho e Lucas teriam.

Em compensação, com Elano o time ganharia em poder de marcação, além de Ganso não ficar sozinho como fonte de criação.

Insatisfação. Robinho não gostou de ser substituído na estreia. “Respeito quem está ali esperando a oportunidade, mas qualquer jogador não gosta de sair”, disse.

A substituição de Robinho tem sido comum. Nos últimos três jogos o atacante saiu antes do final. Apesar de ser um dos homens de confiança de Mano Menezes – só não foi chamado em uma convocação até agora – a fase dele não é a de um goleador, como nos tempos em que o Brasil tinha Dunga como técnico.

Robinho tem 25 gols anotados pela seleção. Mas ultimamente não tem conseguido ir à rede. O atacante participou de oito dos nove jogos que a seleção fez sob o comando de Mano e não marcou nem uma vez sequer.

A última vez que ele comemorou com a camisa do time nacional foi na Copa do Mundo. Foi dele o gol contra a Holanda, na derrota de virada por 2 a 1, nas quartas de final do Mundial da África do Sul.

Robinho, com 87 aparições com a seleção brasileira, é um dos jogadores mais experientes do grupo de Mano, que, quando entrou no cargo, tinha como principal meta a renovação do grupo que fracassara no Mundial.

Foi na última Copa América, em 2007, na Venezuela, que o atacante conquistou espaço como um dos principais atletas do time nacional. Naquela edição do torneio, ele anotou seis gols e foi um dos destaques da equipe campeã.

Na última temporada europeia, Robinho voltou a jogar bem, sendo campeão pelo Milan.

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