O Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur) está finalizando um estudo que, se acatado pelo governo federal, resultará em projetos de para baratear e ampliar o turismo no Brasil. A ideia é criar uma série de benefícios para estimular empreendimentos que aproveitem as ferrovias para transporte de turistas.

A proposta será apresentada ainda no primeiro semestre do ano que vem. “O desafio será aproveitar a integração física com a América do Sul e associá-la ao turismo. Queremos colocar gente nos trens para que, com a integração física, venha também o turismo. Claro que isso envolve políticas de facilitação nas áreas fiscais, de aduana e nos postos de fronteira”, disse à Agência Brasil o presidente da Embratur, Flávio Dino.

Entre as medidas estudadas estão o estímulo a indústrias que produzem ou adaptam vagões para o transporte de passageiros. “Onde houver transporte de carga, queremos passageiros. Por isso, será necessário estimularmos as empresas dispostas a atuar com vagões para turistas. Com mais modais, teremos preços mais baixos e mais estímulo ao turismo. Trata-se da recuperação de uma tendência abandonada, porém bem sucedida em diversos países”, argumentou.

Flávio Dino lembra que 46% dos turistas estrangeiros que visitaram o Brasil têm, como origem, países sul-americanos. “Para termos 10 milhões de turistas em 2020 [meta da Embratur], teremos de receber 6 milhões de turistas sul-americanos. Por esse motivo, teremos de manter nosso foco, principalmente, nas obras de infraestrutura que objetivam a integração da América do Sul”.