O Brasil é visto pelos outros países como sendo um lugar apaixonante, com um povo cordial, festeiro e hospitaleiro, mas também o que gasta menos da América Latina. Essa imagem foi desenhada pelo presidente da Embratur, Flávio Dino, durante oficina realizada no 39º Congresso Brasileiro de Agências de Viagens e Feira das Américas – Abav 2011.

“Gastamos menos porque ficamos menos tempo em um só lugar. Isso é cultural, não é porque temos pouco dinheiro”, justificou o presidente. O perfil foi traçado a partir dos resultados do estudo sobre a Demanda Internacional no Brasil, com dados de 2010.

A pesquisa realizada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) para o Ministério do Turismo, envolveu países da América Latina – mercado prioritário para a Embratur para os próximos 10 anos.

O objetivo do estudo é traçar políticas para receber 7 milhões de turistas provenientes dos países vizinhos e ajudar a bater os 10 milhões de visitantes internacionais previstos até a Olimpíada.

No próximo ano, a empresa brasileira de promoção turística pretende investir R$ 42 milhões em diversas ações na América do Sul. Dos 5,1 milhões de turistas estrangeiros que visitaram o Brasil em 2010, 46% vieram da América do Sul. Os nossos vizinhos gastaram no ano passado, per capta e por dia, uma média de US$ 59 no País. O europeu gastou US$ 66. “Dos cinco maiores mercados emissores para o nosso País, dois são da região: e Uruguai”, afirmou Dino. 

Com relação a expectativas para a Copa do Mundo, o presidente da Embratur disse estar tranquilo quanto ao andamento dos preparativos. E para ele, o maior legado será a propagação da imagem país, principalmente por oportunizar a divulgação de destinos ainda pouco conhecidos no exterior como Cuiabá e Foz do Iguaçu.

“A Copa será perfeita? Não, claro que não. Porque nenhum evento de massa é perfeito, em nenhum lugar do mundo. Mas a imagem que deixaremos do Brasil no pós-Copa será o maior legado que teremos, muito maior do que as obras físicas”, destacou o presidente da Embratur.