O embaixador da Líbia no Brasil, Salem Ezubedi, informou nesta quinta-feira (10) ao presidente da Comissão de Direitos Humanos do Senado, Paulo Paim (PT-RS), que o jornalista brasileiro Andrei Netto, do jornal O Estado de S. Paulo, pode ser libertado a qualquer momento. Paim e Ezubedi conversaram por telefone.

O senador disse que o diplomata líbio argumentou que Netto foi detido “por falta de documentos”.

– O embaixador me disse que as autoridades líbias estão adotando todos os procedimentos para que o jornalista seja libertado de imediato, se possível ainda hoje.

Para o senador, dificilmente o governo líbio apresentará justificativas que sustentem a prisão de Netto no país. Outra moção aprovada foi de apoio ao jornal e à família do repórter.

– Argumento algum convence a comissão.

Em entrevista à Agência Brasil, a editora executiva do jornal O Estado de S. Paulo, Luciana Constantino, confirmou que Netto, desaparecido na Líbia, foi localizado. Segundo ela, o embaixador do Brasil na Líbia, George Ney de Souza Fernandes, disse que ele estava preso em uma penitenciária próxima à capital.

De acordo com Luciana, os esforços são para tentar intermediar a libertação de Netto e retirá-lo da Líbia. A direção de O Estado de S. Paulo informou ontem (9) que perdeu o contato com o repórter que fazia a cobertura na área de de Zawiya – uma das regiões onde os conflitos são mais intensos.

A pedido da direção do jornal, o Ministério das Relações Exteriores e a Embaixada do Brasil passaram a atuar na localização de Netto.