Em uma década, morte por câncer de mama em MS saltou de 98 para 165 casos anuais

Índice de mortes registrados aqui no Estado supera a média nacional; Campo Grande está entre as cidades com maior número de casos

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Índice de mortes registrados aqui no Estado supera a média nacional; Campo Grande está entre as cidades com maior número de casos

O índice de mortes por câncer de mama em Mato Grosso do Sul subiu 68% de 1999 a 2008, volume que supera o ranking nacional que é de 45%, segundo dados do DataSUS do Ministério da Saúde.

Em 1999 foram anotados 98 casos de mortes relacionados à doença aqui em Mato Grosso do Sul e, em 2008, 165 registros. Em Campo Grande, a capital do Estado, o aumento foi maior que 100%, saltando de 23 para 58 casos de mortes.

E em Dourados e Corumbá o aumento também foi de 100%, saltando de 5 para 10 casos de mortes nas duas cidades entre 1999 e 2008. A faixa etária das vítimas varia de 40 a 79 anos.

No Estado a maior alta foi registrada de 2002 a 2003 com 45 novos casos e a maior queda foi entre 1999 e 2000 com a redução de 23 casos. No Brasil o número saltou de 8.104, em 1999, para 11.813 em 2008.

De acordo com o mastologista Marcos Desidério Ricci, do Hospital das Clínicas da USP e do Icesp (Instituto do Câncer do Estado de São Paulo), o número de mamógrafos no Brasil é suficiente, mas somente 30% são destinados para pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde). Em Mato Grosso do Sul existem 37 mamógrafos.

“O acesso ao tratamento não está disponível para todas as pacientes. É comum você diagnosticar um tumor suspeito, mas a paciente não encontra lugar para fazer uma biópsia. Ou então fica na fila para fazer uma radioterapia”.

Os hábitos ocidentais, como sedentarismo, obesidade e tabagismo, também têm agravado a doença nos últimos anos. Segundo o médico, as mulheres, principalmente com idade a partir de 40 anos devem estar mais atentas e fazer o exame de mamografia regularmente.

 

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