Cargil reduzirá em 1,4% sua força de trabalho e a alemã RWE cortará 8 mil empregos

Com a economia ainda fraca diante da crise internacional, empresas nos Estados Unidos e Europa já reajustam seu quadro de funcionários. Nesta segunda (5), a norte-americana Cargill e a alemã de energia elétrica RWE anunciaram que pretendem cortar empregos.

A Cargill informou que reduzirá em cerca de 1,4% a sua força de trabalho por causa da contínua fraqueza da economia global, como parte dos esforços para cortar despesas e simplificar as operações.

De acordo com Mike Fernandez, vice-presidente de Assuntos Corporativos da empresa, os cortes são necessários para melhor posicionar o grupo para o crescimento. “As condições econômicas mudam, assim também devemos [mudar]”, afirmou ele. A Cargill revelou que a maior parte das demissões – cerca de 2 mil de uma força de trabalho de 138 mil empregados – acontecerá nos próximos seis meses no mundo todo. Elas se basearão nas recomendações das unidades de negócios da companhia e terão como foco a melhor forma de alocar os recursos.

A Cargill – que atua em diversos setores como armazenamento de grãos, processamento de carnes e comercialização de energia – recentemente informou que está concentrada na recuperação dos resultados corporativos.

Já a alemã RWE planeja cortar até 8 mil dos 72 mil postos de trabalho do grupo nos próximos anos. Metade dos cortes poderá ser feito por desinvestimentos, afirmou uma fonte da companhia.

“Haverá cortes de empregos”, declarou um porta-voz da companhia sem dar um número específico, ressaltando que a RWE já tinha sinalizado isso e está em negociações com sindicatos. A companhia descartou demissões na Alemanha ao longo de 2012.

A empresa tinha afirmado em agosto que planejava desinvestimento de 11 bilhões de euros (14,8 bilhões de dólares) até o fim de 2013. A companhia planeja cortar custos em até 1,5 bilhão de euros no próximo ano diante da decisão da Alemanha de abandonar a energia nuclear até 2022.

A RWE cortará postos de trabalho como resultado do fechamento da usina nuclear de Biblis e substituição de usinas a carvão por outras com menor quadro de funcionários. A empresa também está se reestruturando na Grã-Bretanha e na Europa Oriental.