A presidente da República, Dilma Rousseff, abandonou uma tradição que vigora no Brasil há quase 40 anos em nome de sua privacidade. Símbolo da presença do chefe de Estado, a bandeira verde com o brasão da República – o Pavilhão Presidencial – não será mais hasteada no Palácio do Planalto toda vez que o presidente ali estiver.

O decreto 7.419 / 2010 foi publicado no último dia do governo Lula e altera o decreto do presidente Emílio Garrastazu Medici, de 1972, que determina: “Na sede do Governo, deverão estar hasteados a Bandeira Nacional e o Pavilhão Presidencial, quando o Chefe de Estado estiver presente”.

O Pavilhão, a partir do novo decreto, deverá ser arriado nos palácios do Planalto e da Alvorada apenas nos momentos em que o presidente estiver fora do Distrito Federal. Nesta terça-feira (25), Dilma deixou Brasília às 10h com destino a São Paulo. Cerca de duas horas depois de sua partida, foi registrado o momento em que a bandeira foi retirada, tarefa realizado pelos Dragões da Independência.

Apesar de ter sido assinada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a mudança foi um pedido de Dilma. A bandeira era frequentemente objeto de curiosidade de passantes e servia de alerta para os jornalistas que trabalham no local, uma vez que simboliza a presença do presidente.

O decreto, contudo, mantém a determinação de hastear o Pavilhão Presidencial nos órgãos, autarquias e fundações federais, estaduais e municipais “sempre que o presidente da República a eles comparecer”.