‘É tudo mentira’, diz coveiro sobre cão fotografado ao lado de sepultura

Ao longo da última semana, a fotografia de um cão que supostamente velava o corpo da dona vítima das chuvas na cidade de Teresópolis, Região Serrana do Rio, ganhou destaque em jornais no Brasil e no mundo. Identificado como Caramelo, o comportamento do cachorro comoveu leitores e chamou a atenção de quem buscava notícias sobre […]

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Ao longo da última semana, a fotografia de um cão que supostamente velava o corpo da dona vítima das chuvas na cidade de Teresópolis, Região Serrana do Rio, ganhou destaque em jornais no Brasil e no mundo. Identificado como Caramelo, o comportamento do cachorro comoveu leitores e chamou a atenção de quem buscava notícias sobre a tragédia.

Mas a história, digna de folhetim, ganhou novo capítulo a partir de uma revelação. “É tudo mentira”, protestou o verdadeiro dono do animal, o coveiro Rodolfo Júnior. “O nome do cachorro da foto é Joe e está comigo há 1 ano”, revelou.

Ele conta que, no dia em que a fotografia foi feita, Joe o acompanhava enquanto trabalhava como voluntário cavando sepulturas para abrigar os corpos das vítimas. “Ele deitou ao lado de uma cova. A foto foi feita e escreveram que era a dona dele, e que ele estaria ali acompanhando. E rolou esse boato todo”, explicou Rodolfo.

Parceiros

Segundo o coveiro, o cão foi abandonado no Cemitério municipal Carlinda Berlim, no bairro Vale do Paraíso. “Ele havia sido adotado por uma outra pessoa, mas ela teve que voltar para o Rio de Janeiro e não pôde mais ficar com ele. Então eu o adotei. Já está comigo há 1 ano e é meu parceiro. Onde eu vou, ele vai junto”, explicou.

E Caramelo, o cão que levou o mérito e virou celebridade instantânea? “Caramelo existe realmente. Ele foi encontrado no bairro do Caleme. Saiu em outra foto sendo socorrido no colo de uma pessoa”, diz Rodolfo.

Apesar da confusão envolvendo os dois animais, o coveiro viu o episódio com bom humor. “Ficou engraçado, uma maluquice danada, né? Mas serviu de exemplo. Depois desta história e diante dessa tragédia, muita gente passou a recolher os cachorros que estavam na rua”, destacou.

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