População gasta mais com festas de fim de ano e impostos de janeiro; orçamento e consciência é a chave para não ficar negativado na praça

IPVA, IPTU, matrícula de escolas, materiais escolares, dívidas das festas de fim de ano. Janeiro é sempre assim, com muito mais gastos que o habitual para os brasileiros.

Com tantas contas não é de se estranhar que o número de endividados em Campo Grande chegou a 152.971 neste mês, 12,1% maior que dezembro do ano passado.

Para tentar controlar dinheiro e pagar as contas o Midiamax ouviu a economista Andréia Ferreira, 32. “A primeira coisa que a pessoal tem que fazer é um orçamento doméstico geral, vendo quanto a família ganha e quanto gasta”, aconselha a consultora em finanças pessoais.

Pode ser em um caderninho, no computador, não importa, mas tem que colocar tudo na ponta do lápis. Aí a família pode ver qual está sendo os problemas financeiros da casa.

“Depois de colocar tudo no papel, a família elenca prioridades de contas para pagar. Também neste momento tem que eliminar as compras desnecessárias Para quitar as contas tem que ser feito sacrifícios”, numera Andréia, que ainda complementa que consciência é a palavra chave para as pessoas evitarem novas dívidas.

As maiores contas e com juros mais altos devem ser prioridade, em especial o empréstimo pessoal, cheque especial (limite) e contas do cartão de crédito.

“Com todo esse procedimento feito, a família tem que ter paciência e pagar suas contas aos poucos, sem fazer loucuras, até que toda a dívida seja quitada, para aí sim começar a fazer novas compras, mas sempre vendo aquela tabelinha de orçamento do começo”, recomenda a economista.

Fazer empréstimos para pagar contas, compensa?

Empréstimo consignado (em folha), crédito direto ao consumidor (CDC), cheque especial (limite) e cartão de crédito. Essas são as quatro formas convencionais de acesso rápido e fácil a recursos financeiros. Porém todos pagam juros e podem endividar. A população deve se cuidar ao contratar esse serviços.

O consignado normalmente tem juros mais baixo, seguido do CDC. Já os juros do cheque especial e do cartão de crédito costumam ser mais altos.

“Se a pessoa tem uma dívida no cartão de crédito e tem acesso ao empréstimo consignado, na maioria das vezes compensa pegar esse novo empréstimo e pagar o cartão, pois assim os juros ficam menores. Mas  a pessoa tem que saber que de qualquer forma vai ter esse gasto para cobrir os juros”, afirma a economista Andréia Ferreira.