Diretor do HR e novo contratado da Funsau se envolveram em escândalos no interior de SP
O novo contratado pela Fundação de Saúde de Mato Grosso do Sul, José Adolfo Oliveira da Silva, é conhecido de longa data do atual diretor do órgão, Ronaldo Perches de Queiroz
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O novo contratado pela Fundação de Saúde de Mato Grosso do Sul, José Adolfo Oliveira da Silva, é conhecido de longa data do atual diretor do órgão, Ronaldo Perches de Queiroz
O novo contratado pela Fundação de Saúde de Mato Grosso do Sul, José Adolfo Oliveira da Silva, é conhecido de longa data do atual diretor da Funsau-MS, Ronaldo Perches de Queiroz. Foi ele quem assinou a contratação de Adolfo, por R$ 48 mil, publicada nesta sexta-feira (20). A Funsau administra o Hospital Regional de MS, em Campo Grande.
Os dois trabalharam juntos no interior de São Paulo, onde estiveram envolvidos em diferentes escândalos.
Na última atuação conjunta, em 2009, foram contratados pelo Conselho de Administração da Associação Hospitalar Santa Casa de Lins: José Adolfo, como diretor executivo, e Ronaldo Perches Queiroz, como Diretor Técnico da Associação.
De Lins, José Adolfo saiu indiciado no mês de junho do ano passado por improbidade administrativa. O indiciamento, feito pelo delegado André Ricardo Hauy, ocorreu após investigações do Boletim de Ocorrência 143/2009 registrado em 2009, com denúncias de estelionato, apropriação indébita e extorsão.
O processo, que tem José Adolfo como réu com mais três pessoas, foi distribuído em 25 de março de 2009, segundo o TJ-SP. O número é 322.01.2009.003151-0, na 2ª Vara Criminal do Fórum de Lins.
Ronaldo Perches já era diretor técnico da Santa Casa de Lins em 2006, quando José Adolfo, então secretário municipal de saúde, assumiu o hospital em uma intervenção decretada pela Prefeitura.
Falso médico contratado
Na época, foi Perches quem teria contratado o falso médico Alessandro Aparecido Marques Gonçalves, preso e julgado pelo crime de “Homicídio Doloso”, após ter atendido, no hospital administrado por Ronaldo, um lavrador que morreu.
O caso causou comoção nacional e, no tribunal do júri, a juíza Ivana Márcia chegou a suspender a sessão de julgamento, solicitando a presença do então diretor técnico da Santa Casa, Ronaldo Perches Queiroz, apontado como principal responsável pela contratação do falso “doutor” Alessandro.
“Consultores”
Em agosto de 2009, após sete anos no cargo, Ronaldo Perches de Queiroz deixou a diretoria na Santa Casa de Lins. Ele tomou a decisão logo após José Adolfo ser exonerado do cargo de diretor executivo do Hospital.
Alguns meses antes, no entanto, Queiroz já atuava em Campo Grande. Desde março de 2009, Ronaldo estava nomeado diretor do Hospital Regional de Mato Grosso do Sul.
Teria vindo junto com uma ‘consultoria’, paga pelo Governo de MS desde 2008 e inicialmente prestada pela Unifesp, mas depois assumida oficialmente pela SPDM, uma espécie de associação de médicos sem vínculo com a Universidade.
Erro na nomeação
Ronaldo Perches foi nomeado diretamente pelo governador André Puccinelli em 31 de agosto de 2009 pelo Decreto P-3448, para exercer o cargo em comissão de “Assessoramento Superior”, símbolo DGA-Esp, na Governadoria do Estado.
O decreto foi publicado com o nome errado de “Ronaldo Percites Queiroz” e corrigido em apostilamento feito pela secretária de estado de Administração, Thie Higuchi Viegas dos Santos, em 3 de setembro do mesmo ano.
Na mesma época, o antigo colega José Adolfo também quis ‘aterrissar’ na saúde pública campo-grandense. Ele tentou ser diretor na junta interventora da Santa Casa de Campo Grande, mas foi rejeitado após o currículo policial e judicial dele vir à tona, na época, em reportagem do Jornal Campograndenews.
E não foi só em Lins que o novo contratado da Funsau teve problemas com a lei.
Suposto golpe na Bahia
Na Bahia, José Adolfo é acusado de aplicar um golpe com a empresa Integral Assistência Médica e Odontológica Ltda, da qual era sócio. Era um plano de saúde e, segundo o Ministério Público baiano, foi levado à falência, causando prejuízos a centenas de clientes e funcionários.
Atualmente, a Integral está envolvida em pelo menos dez processos que correm no TJ-BA.
No último dia 20 de abril, o juiz Francisco Manoel da Costa Nascimento solicitou a transferência de um deles da Vara Criminal de Lauro de Freitas para a 1ª Vara da Fazenda Pública. É uma execução fiscal contra o antigo plano de saúde de José Adolfo.
Na justiça trabalhista baiana a Integral também esteve envolvida em ações e José Adolfo Oliveira da Silva figura como réu.
Ainda na Bahia, a promotora de Justiça Joseane Suzart Lopes da Silva pediu a desconsideração da empresa Integral para garantir que José Adolfo Oliveira da Silva e outro sócio, José Andrade Brito, “possam responder pessoalmente pelos prejuízos causados, com pagamento de indenizações pelos danos patrimoniais e morais aos consumidores que não foram atendidos com presteza e prejudicados pelas práticas e cláusulas abusivas”.
Ronaldo Perches, bem como José Adolfo, foram procurados pela reportagem por telefone no Hospital Regional de Mato Grosso do Sul na sexta-feira (20) para comentarem a contratação. A secretária de Queiroz afirmou que ele estaria em reunião durante todo o dia e que ela o informaria sobre o pedido do jornal para falar com ele.
Sobre Adolfo, ninguém soube dar notícias no Hospital Regional. “Ouvimos um boato de que ele ia chegar aqui, mas ninguém sabe de nada”, disse uma funcionária na diretoria administrativa.
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