Dilma soube ‘gerir crises’, diz Sarney sobre denúncias contra governo

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), realizaram balanços das ações das duas Casas no primeiro semestre e aproveitaram para analisar nesta quinta (14) a sequência de crises políticas enfrentada pelo Palácio do Planalto. Para Sarney, a presidente Dilma Rousseff mostrou que “sabe gerir crises” ao agir […]

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O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), realizaram balanços das ações das duas Casas no primeiro semestre e aproveitaram para analisar nesta quinta (14) a sequência de crises políticas enfrentada pelo Palácio do Planalto.

Para Sarney, a presidente Dilma Rousseff mostrou que “sabe gerir crises” ao agir com rapidez para estancar denúncias. “Nesse primeiro semestre, as crises que surgiram foram todas no Executivo. Aí vamos verificar o estilo da presidente. Ela agiu com rapidez, estancou todas as denúncias que apareceram e teve condições, com propriedade e competência, de gerir as crises. Isso já é uma confiança que ela adquiriu no seu estilo, que ela sabe gerir crises e sabe dar imediatamente soluções com capacidade e propriedade”, afirmou Sarney.

Na mesma linha de Sarney, Maia avaliou que as crises enfrentadas por Dilma “fazem parte do processo democrático” e serviram para mostrar que a presidente soube agir de maneira rápida: “As crises envolvendo ministros, o governo, fazem parte do processo democrático do Brasil. Elas acontecem com menor ou com maior força, mas o importante são as medidas que são tomadas para a contenção das crises. Eu diria que a presidente Dilma agiu de maneira muito rápida.”

Desde janeiro, Dilma já perdeu dois ministros demitidos por denúncias de irregularidades. O ex-chefe da Casa Civil Antonio Palocci deixou o cargo após a crise que envolveu a evolução do seu patrimônio, ampliado em 20 vezes durante quatro anos. O então ministro das Relações Institucionais, Luiz Sérgio, foi remanejado para o Ministério da Pesca depois de críticas de incapacidade para gerenciar a relação do Planalto com o Congresso. Por último, o ex-ministro dos Transportes deixou o cargo após denúncias de superfaturamento em obras da pasta.

Para Sarney, com a saída do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva da Presidência, o estilo de Dilma governar forçou o Congresso a se adaptar: “No começo do ano, tivemos um novo presidente da República, no caso a presidente Dilma Rousseff, e tivemos que ter uma sintonia de adaptação do estilo de governar, com o Congresso dependendo desses estilo.”

As declarações de Sarney têm ligação com as críticas que a presidente enfrentou no começo do ano por supostamente dialogar pouco com os parlamentares da base governista. A situação foi contornada após Lula realizar uma série de reuniões com senadores do PT e do PMDB, em Brasília. Depois, Dilma passou a realizar almoços com as bancadas de senadores de cada partido e deu um coquetel nesta quinta para líderes da Câmara e do Senado.

O presidente da Câmara avaliou que as crises no governo serviram para fazer com que Dilma mandasse “dois recados”. “Dilma mandou recado ao país de que não vai tolerar, e não vai hesitar em tomar medidas para afastar integrantes do governo que tenham qualquer tipo de problema. E ela mandou recado ao governo dizendo ‘tomem cuidado, façam os procedimentos nos ministérios com muito cuidado. Foi um recado forte de que ela não passará a mão por cima de nenhum tipo de situação”, avaliou Maia.

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