Confrontos entre uma violenta seita islamista e forças de segurança na cidade de Damaturu, no nordeste da Nigéria, mataram pelo menos 24 pessoas nas últimas 24 horas, disse a polícia nesta sexta-feira.

Um tiroteio irrompeu entre as forças de segurança nigerianas e supostos militantes islâmicos em Damaturu na quinta-feira, e várias explosões foram escutadas.

Então, na sexta, supostos membros de uma seita abriram fogo contra um grupo de policiais logo depois das orações de sexta-feira na cidade, matando quatro, disseram funcionários da polícia local.

O comissário Suleiman Lawal do Estado de Yobe, que tem por capital Damaturu, disse à Reuters que foi imposto um toque de recolher do crepúsculo ao amanhecer sobre a cidade.

“A situação está calma agora. Nós perdemos sete homens de segurança e doze membros da seita Boko Haram foram mortos no tiroteio da noite passada”, disse.

“Embora não se possa prever os membros da seita, nossos homens e militares estão prontos para o combate. Apenas um civil foi morto (na violência de quinta-feira).”

Confrontos entre as forças de segurança e a seita Boko Haram tornaram-se cada vez mais frequentes nas últimas duas semanas, conforme o conflito no norte sofre uma escalada, embora a insurgência permaneça esporádica.

A polícia nigeriana prendeu 14 supostos membros da Boko Haram e confiscou explosivos depois de um confronto que deixou quatro militantes e três policiais mortos na cidade de Kano no fim de semana passado.

Lawan disse que o combate em Damaturu começou depois que seus homens encontraram um suposto esconderijo da Boko Haram.

Damaturu foi o local do pior ataque da Boko Haram até hoje, quando 65 pessoas foram mortas em uma onda de tiroteios e bombas em 5 de novembro, que deixou igrejas, distritos policiais e mesquitas reduzidas a destroços fumegantes.

Pelo menos 11 pessoas morreram em um tiroteio separado na cidade de Maiduguri, no nordeste, na quinta-feira, disse um funcionário de um necrotério.

Apesar das muitas repressões, as forças de segurança nigerianas foram até agora incapazes de conter a violência da Boko Haram. Este ano, o grupo atacou a capital Abuja duas vezes, inclusive em um ataque com um carro-bomba contra o quartel-general da ONU, que deixou 26 mortos.