Na Lagoa Rica, um jovem de 16 anos morreu afogado no último dia 12. Testemunhas disseram que na hora do fato não haviam guarda-vidas fazendo prevenção no lago. Agora, mais pessoas serão ouvidas para conclusão do inquérito policial

O delegado Devair Aparecido Francisco, titular da 4ª DP Moreninhas, ouviu no fim da tarde da última sexta-feira (14), funcionários do balnéario Lagoa Rica – local onde um jovem de 16 anos morreu afogado na quarta-feira (12).

Segundo Devair, como não foram apresentados os documentos de funcionamento do balneário (Alvará de Funcionamento e Certificado de Vistoria) ao Corpo de Bombeiros, na data do acidente, e à polícia, posteriormente, eles foram intimados para que estes fosse apresentada papelada, fato que não aconteceu durante os depoimentos. O delegado informou que o local funcionava de forma irregular.

O delegado disse ainda disse que se for comprovado que no local era exercida atividade comercial, os responsáveis pela Lagoa Rica poderão responder por homicídio já que o local não seguia as regras de segurança para exploração comercial do balneário.

Ainda, conforme o delegado, em depoimento, o gerente, Zildo Vasconcellos, e um dos guarda-vidas do local, disseram que eles não cobravam entradas e sim uma taxa de manutenção que mal dava para cobrir as despesas do local. Porém, será avaliada a relação de consumo entre frequentadores e responsáveis pela lagoa, independente da quantia que era cobrada e qual sua finalidade.

O delegado disse que a partir desta terça-feira (18) os herdeiros de Eduardo Metello, proprietário do balneário, devem ser ouvidos.

Relembre o caso

Marcos Vinícius Borges de Castro Leal, 16 anos, morreu afogado na manhã da última quarta-feira (12), enquanto nadava na Lagoa Rica, balneário localizado na saída de Três Lagoas, em Campo Grande, MS.

Segundo o Corpo de Bombeiros, o jovem brincava na lagoa junto com um primo quando começou a se afogar.

Testemunhas disseram que no momento do afogamento não havia nenhum guarda-vidas no local e que o rapaz gritava por socorro e que ninguém correu para ajudá-lo.