Aline Sinnott, da Depca, pediu às pessoas para procurarem a polícia se tiverem denúncias ou suspeitas contra o professor que teria abusado de um aluno de 11 anos

Outras pessoas fizeram denúncias em relação ao professor D.M., 46, acusado de ter abusado de uma criança de 11 anos no mês de setembro do ano passado na Escola Municipal José de Souza no bairro José Oliveira III, em Campo Grande.

A delegada da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA), Aline Sinnott, realizou uma coletiva na última sexta-feira (4), para informar a prisão do professor e alertar para que, caso alguma outra criança tenha sido violentada, os pais devem entrar em contato com a delegacia.

No mesmo dia, a mãe do menino, muito emocionada, conversou com a imprensa e disse que o filho foi abusado pelo professor ao menos 16 vezes dentro da escola. A família começou a desconfiar por causa do comportamento do filho que constantemente queria se matar.

A polícia espera encerrar o inquérito até a próxima sexta (11), o professor está numa das celas da Defurv (Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Veículos). Segundo a delegada, ele nega o crime.

“Agora ele só pensa em se matar, já pegou um cinto para se enforcar, pular do carro em movimento, se batia, pegou brinco da irmã e se cortava”, conta.

A família só tomou conhecimento do crime no último dia 23 de janeiro após procurar o SOS Criança.

A reportagem entrou em contato com a direção da escola, que informou que qualquer tipo de informação só é dada pela assessoria de imprensa da Prefeitura.

De acordo com a polícia, o crime ocorreu no último dia 10 de setembro por volta das 11h30. Na ocasião, o professor de Língua Portuguesa ordenou que o aluno permanecesse na sala após o término da aula com a desculpa de que o menino não havia terminado a tarefa. Depois, fechou as cortinas, ameaçou o aluno com um revólver o obrigou a criança a fazer sexo oral.

D. na época era professor de português em estágio probatório. Porém ele já trabalhava na escola desde 2008 como orientador. De acordo com a delegada da DEPCA (Delegacia Especializada em Proteção a Criança e Adolescente), Aline Sinnott Lopes, ele nega o crime.