Curso de culinária representa oportunidade de recomeço para reeducandas da Capital
Entre panelas, fogões, receitas e sabores, reeducandas do Estabelecimento Penal Feminino de Regimes Semiaberto, Aberto e Assistência às Albergadas de Campo Grande (EPFRSAA-CG) e do Estabelecimento Penal Feminino “Irmã Irma Zorzi” (EPFIIZ) estão descobrindo na arte de cozinhar uma oportunidade de – com capacitação e trabalho digno – serem reinseridas na sociedade. Por meio de […]
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Entre panelas, fogões, receitas e sabores, reeducandas do Estabelecimento Penal Feminino de Regimes Semiaberto, Aberto e Assistência às Albergadas de Campo Grande (EPFRSAA-CG) e do Estabelecimento Penal Feminino “Irmã Irma Zorzi” (EPFIIZ) estão descobrindo na arte de cozinhar uma oportunidade de – com capacitação e trabalho digno – serem reinseridas na sociedade.
Por meio de uma parceria entre a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) e a Central de Execução de Penas Alternativas (Cepa), oito internas do semiaberto e dez do regime fechado estão participando de um curso de “Valorização Social” na modalidade culinária, ministrado pelo Serviço Social do Comércio (Sesc).
As aulas acontecem duas vezes por semana, no período vespertino, com carga horária total de 56 horas/aula. Durante a qualificação, as custodiadas aprendem a preparar vários tipos de pratos salgados e sobremesas.
De acordo com a culinarista Vilma Melo, instrutora do curso, a capacitação é voltada, principalmente, para a culinária do cotidiano. “Temos um cronograma de receitas que preparamos, não são pratos sofisticados, são mais os que as pessoas comem no dia a dia, como macarronadas, tipos de arroz de forno, carnes, doces, salgadinhos etc.”. “Com esse conhecimento, elas poderão tranquilamente trabalhar como auxiliar de cozinha, ou mesmo cozinhar para pequenos restaurantes, lanchonetes e marmitarias”, garante.
A detenta do EPFRSAA-CG Marlei Cheres Lopes, 41 anos, vê na capacitação uma oportunidade para garantir uma vaga no mercado de trabalho e em uma área de que gosta. “Já estou fazendo planos, é esse trabalho que quero pra mim, adoro cozinhar e sei que esse curso será um diferencial na hora que eu for disputar uma vaga de trabalho”, comenta, informando que até maio deste ano já terá terminado de cumprir a sua pena.
Dalma Maria Alves da Silva, 38 anos, também acredita que a capacitação será significativa para conseguir um emprego. “É mais uma porta que se abre pra mim, mas não quero me limitar a esse curso”, garante. Segundo ela, já está inscrita para a segunda turma da qualificação em informática que também é oferecida no presídio semiaberto.
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