O Cruzeiro confirmou o seu favoritismo e venceu o Guaraní, do Paraguai, por 4 a 0, para chegar à liderança isolada do Grupo 7 da Taça Libertadores, com seis pontos e nove gols de saldo. Mais uma vez o atacante Wallyson brilhou e marcou os dois primeiros gols da Raposa. Quando o jogo já estava liquidado, Farías e Thiago Ribeiro, vindos do banco, fizeram um jogo disputado se tornar uma goleada.
Já o Guaraní segue na lanterna sem pontuar, já que perdeu na primeira rodada por 1 a 0 para o Tolima, na Colômbia. O time paraguaio recebe no próximo dia 9, o Estudiantes, em Assunção, no Paraguai.
O Cruzeiro dá um tempo na competição continental e foca suas atenções no Campeonato Mineiro. No próximo sábado, o time celeste vai a Teófilo Otoni encarar o América local, às 16h.
Estrela de Wallyson continua a brilhar
O horário da partida prejudicou alguns torcedores, que chegaram ao estádio com o jogo já em andamento. Um grande congestionamento nas proximidades de Sete Lagoas fez com que a Arena do Jacaré ficasse com espaços vazios nas arquibancadas durante boa parte do primeiro tempo.
Atração à parte, o goleiro Pablo Aurrecochea, conhecido por suas camisas excêntricas, manteve a tradição. O arqueiro paraguaio foi para o jogo com uma camisa cinza com estrelas roxas e o personagem de desenho animado Bart Simpson estampado no peito. Ele possui uma coleção com 50 modelos diferentes.
Ao contrário do que o técnico Cuca havia anunciado após o último treino por causa da contusão de Gilberto, Pablo atuou na lateral direita e Diego Renan na esquerda, sua posição de origem.
Empolgada pela goleada sobre o Estudiantes na estreia, a torcida do Cruzeiro levou o primeiro susto aos 9 minutos. Escobar cabeceou na trave direita de Fábio e o silêncio momentaneamente tomou conta das arquibancadas. Mas aos poucos o Cruzeiro foi dominando a partida, só que esbarrava na forte defesa paraguaia. Com duas linhas de quatro defensores, o Guaraní apostava nos contra-ataques. Já a Raposa passou a pressionar após o susto.
Se com a bola rolando estava difícil, a bola parada surtiu efeito. Após cobrança de escanteio, aos 29 minutos, Wallyson pegou o rebote de primeira e chutou no canto para abrir o placar. Foi o quarto gol do atacante na temporada, o terceiro na Libertadores.
Com a vantagem, a Raposa diminuiu o ritmo e teve tempo de tomar outro susto ainda na primeira etapa. Após levantamento para a área, a defesa tentou fazer linha de impedimento, que falhou. Filipini cabeceou sozinho, e por muito pouco não empatou a peleja.
Ataque poderoso
A segunda etapa começou com uma forte chuva que caiu sobre Sete Lagoas. Mas nem a água foi capaz de acalmar o ímpeto do Cruzeiro, que incentivado pela sua torcida, foi com tudo para definir a partida. O Guaraní não conseguia passar do seu campo.
E mais uma vez Wallyson mostrou estrela e ampliou o marcador aos 18 minutos. Montillo cruzou, o atacante dominou e tocou na saída de Aurrecochea. O gol desmontou toda a motivação do time paraguaio e o Cruzeiro passou a jogar no contra-ataque. O que se viu a partir daí foi a equipe da casa abusando do direito de perder gol. A Raposa pecava no último passe.
Pelos lados do visitante, o volante Pedro Chavez protagonizou uma cena hilária para os torcedores do Cruzeiro. Ele entrou no lugar de Ithurralde, mas foi substituído cinco minutos depois. Ao deixar o campo, Chavez jogou a camisa no chão e esbravejou contra o técnico Carlos Compagnucci. Delírio nas arquibancadas.
E o que já estava bom ficou muito melhor a partir dos 40. Num rápido contragolpe, Dudu foi acionado na esquerda e bateu cruzado para a área. Esperto, Farías entrou livre e cutucou para a rede. E dois minutos teve tempo para mais. Já batidos em campo, os paraguaios passaram a assistir ao toque de bola da Raposa. Numa dessas, Thiago Ribeiro carregou e da intermediária soltou uma pancada. A bola morreu quase no ângulo de Aurrecochea e deu números finais ao jogo.
