Corumbá terá R$ 200 mil para ações de combate ao crack

Corumbá está entre as 27 cidades brasileiras escolhidas pelo Ministério da Saúde para receber recursos para promoção de ações de qualificação da Rede de Atenção Integral em Álcool e outras Drogas, dentro do Plano Integrado de Enfrentamento ao Crack. Os recursos – da ordem total de R$ 7,2 milhões – também estão sendo destinados diretamente […]

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Corumbá está entre as 27 cidades brasileiras escolhidas pelo Ministério da Saúde para receber recursos para promoção de ações de qualificação da Rede de Atenção Integral em Álcool e outras Drogas, dentro do Plano Integrado de Enfrentamento ao Crack. Os recursos – da ordem total de R$ 7,2 milhões – também estão sendo destinados diretamente para outros quatro estados e o Distrito Federal, totalizando 32 regiões beneficiadas.

O Ministério disponibilizaR$ 200 mil para Corumbá, a ser liberada em parcela única e para gestão municipal. O dinheiro liberado deverá ser aplicado no trabalho cotidiano dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), no caso específico de Corumbá é o CAPS ad.

Luta contra o crack

Pesquisa sobre a situação do crack nos municípios brasileiros, realizada pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM), divulgada em dezembro passado, mostra Corumbá entre as cinco cidades de Mato Grosso do Sul que desenvolvem programas de enfrentamento ao crack e outras drogas. No Estado foram pesquisadas 58 cidades.

No país, o estudo atingiu 3.950 municípios. Estimativa feita com base em dados do censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) aponta que o número de usuários hoje no Brasil está em torno de 1,2 milhão e a idade média para início do uso da droga é 13 anos.

Chegada ao sistema nervoso central é quase imediata

O crack é obtido a partir da mistura da pasta-base de coca ou cocaína refinada (feita com folhas da planta Erythroxylum coca), com bicarbonato de sódio e água. Quando aquecido a mais de 100ºC, o composto passa por um processo de decantação, em que as substâncias líquidas e sólidas são separadas. O resfriamento da porção sólida gera a pedra de crack, que concentra os princípios ativos da cocaína.

Por ser produzido de maneira clandestina e sem qualquer tipo de controle, há diferença no nível de pureza do crack, que também pode conter outros tipos de substâncias tóxicas – cal, cimento, querosene, ácido sulfúrico, acetona, amônia e soda cáustica são comuns.

Enquanto a cocaína em pó leva cerca 15 minutos para chegar ao cérebro e fazer efeito depois de aspirada, a chegada do crack ao sistema nervoso central é quase imediata: de 8 a 15 segundos, em média. A ação do crack no cérebro dura entre cinco e dez minutos, período em que é potencializada a liberação de neurotransmissores como dopamina, serotonina e noradrenalina.

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