Um clássico com clima de final, em que o Corinthians pode ser pentacampeão brasileiro e o Palmeiras tentará estragar a festa do arquirrival para minimizar os próprios fracassos da temporada. Neste cenário a bola vai rolar no Pacaembu, domingo, a partir das 17h, e terá influência direta na luta do Vasco pelo título – o time carioca precisa vencer o Flamengo e torcer por uma derrota da equipe de Tite.

A última vez que Corinthians e Palmeiras decidiram o Brasileirão ocorreu em dezembro de 1994. O time alviverde fez 3 a 1 no primeiro jogo (dois gols de Rivaldo) e conquistou o seu último título Brasileiro com um empate por 1 a 1 no segundo, ambos os duelos no estádio municipal.

O dérbi paulista revive a atmosfera 17 anos depois, com a diferença de que os palmeirenses apenas cumprem tabela, e serão 36 mil corintianos nas arquibancadas contra apenas 2 mil torcedores rivais.

“Eles (do Palmeiras) têm que disputar um campeonato a parte com a gente, e a gente também, para ganhar deles e ser campeão”, observou o meia Alex, após o triunfo por 1 a 0 sobre o Figueirense, no último domingo.

Diante da imprensa, o técnico Luiz Felipe Scolari adota um discurso evasivo de que é apenas mais uma partida, mas admite que no vestiário a conversa com o grupo é bem diferente.

Já Valdivia mostrou envolvimento com o desfecho do Brasileirão, apesar de sua equipe ser mero coadjuvante. Após a vitória por 1 a 0 sobre o São Paulo, no Pacaembu, o chileno permaneceu no gramado até o fim da rodada para saber os resultados e falou sobre o clássico final. “Vamos ter a mesma agressividade e comprometimento. É questão de honra.”

A primeira polêmica envolvendo o clássico aconteceu na semana passada, quando a diretoria do clube de Palestra Itália afirmou que aumentaria a premiação dos atletas para atrapalhar o arquirrival alvinegro.

O presidente Andrés Sanchez rebateu: “O Tirone [Arnaldo Tirone, presidente do Palmeiras] poderia evitar gastar esse dinheiro todo e usar para outras coisas que está precisando.”

Tite repreendeu a atitude dos palestrinos. “É muito pobre querer se motivar para ferrar o adversário, para não falar outra palavra. Eu tenho o sentimento de conquistar um título, sentimento da torcida, do corintiano, e também respeitar o outro lado. Não fico contente com a tristeza de uma equipe, qualquer que seja ela”, opinou.

No início do mês, Deola chegou a dizer que, sem chances de título e vaga na Libertadores, a única meta no ano era tirar o troféu das mãos do rival. No último domingo, manteve o pensamento. “A gente sabe que o jogo vai ser difícil e o objetivo do Palmeiras é sair com essa vitória. A gente tem que vencer de qualquer jeito”.