No terceiro dia do julgamento do caso da “viúva da Mega-Sena”, 14 testemunhas já foram ouvidas no fórum Desembargador Admário Alves de Mendonça, em Rio Bonito, na baixada litorânea do Rio de Janeiro. Com término previsto para esta quarta-feira, o julgamento é marcado por atrasos e contradições.

O caso

A ré do julgamento, Adriana Almeida, é acusada de encomendar a morte do marido, Renné Senna, para ficar com o prêmio que ele havia ganhado na Mega-Sena. Róbson Andrade Oliveira, ex-amante de Adriana, revelou que a cabeleireira teria comprado um apartamento em Arraial do Cabo, na Região dos Lagos, sem o conhecimento do marido.

O amante afirmou ainda que Adriana o teria convidado para morar com ela. Na versão de Oliveira, ele e Adriana teriam passado juntos o de 2007 no imóvel. A irmã de Adriana, Valéria, foi a primeira a testemunhar nesta quarta-feira. Em seu depoimento, Valéria disse que Renné conhecia o apartamento e também iria passar a virada do ano nele, mas desistiu de última hora.

Segundo a irmã de Adriana, o vencedor da Mega-Sena não tinha um bom relacionamento com a filha Renata, que receberia mesada do pai apenas se ela trabalhasse. Logo depois de Valéria, seu marido Marcelo Cardoso Braga, que trabalhava como administrador da de Renné na época do crime, testemunhou por cerca de uma hora e meia.

Marcelo negou várias partes do depoimento que havia prestado logo depois do crime, dizendo-se ameaçado pelos policiais. “Os policiais da DH (Delegacia de Homicídios) ficavam mostrando a arma e me intimidando. Não deixaram eu ler os papéis do depoimento. Eu nego que tenha falado essas coisas”, disse.