O julgamento do médico Conrad Murray, acusado pela morte do cantor , será aberto nesta terça-feira com uma coisa que o rei do pop teve durante toda sua vida: audiência mundial.
O caso vai entrar em seu ato final num tribunal de Los Angeles com a abertura dos trabalhos e o início dos depoimentos. A família de Michael Jackson, incluindo seus pais e muitos de seus irmãos, deve comparecer e dezenas de repórteres fazem a cobertura do caso. Os procedimentos também serão transmitidos pela televisão e pela internet.
Embora já se saiba a maior parte do que aconteceu quando o cantor morreu, em junho de 2009, o julgamento vai rever novas informações e fornecer registros detalhados sobre as últimas horas de Michael Jackson.
O julgamento do doutor Murray deve ser a primeira vez que o público ouvirá, com as próprias palavras do próprio réu, o que aconteceu no quarto da mansão do rei do pop.
Na noite de segunda-feira, 15 caminhões e veículos equipados para transmissão ao vivo já estavam estacionados a um quarteirão do tribunal. A promotoria pretende chamar o amigo e coreógrafo do cantor, Kenny Ortega, como a primeira testemunha do caso.
Durante as próximas cinco semanas, os promotores vão interrogar Ortega e outras testemunhas para falar sobre os últimos dias e horas do cantor e explicar para o júri – composto por sete homens e cinco mulheres – exatamente como o rei do pop morreu.
Os advogados de defesa do doutor Murray, que pode pegar quatro anos de prisão e ter sua licença de médico cassada caso seja condenado por culposo, esperam encontrar brechas na acusação e apresentar sua própria teoria, que o canto foi responsável por sua morte.