Com remédios mais baratos, SUS paga menos pelo tratamento de câncer no sangue
A partir deste mês, hospitais e entidades conveniadas ao Sistema Único de Saúde (SUS) vão receber menos pelo tratamento de pacientes com câncer no sangue (leucemia mieloide crônica-LMC) e linfomas malignos. Duas portarias do Ministério da Saúde, que já entraram em vigor, fixam valores inferiores aos estabelecidos em junho de 2010. No caso da quimioterapia […]
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A partir deste mês, hospitais e entidades conveniadas ao Sistema Único de Saúde (SUS) vão receber menos pelo tratamento de pacientes com câncer no sangue (leucemia mieloide crônica-LMC) e linfomas malignos.
Duas portarias do Ministério da Saúde, que já entraram em vigor, fixam valores inferiores aos estabelecidos em junho de 2010. No caso da quimioterapia para o tratamento da LMC em fase crônica, o valor caiu de R$ 3.175 para R$ 2.489. Segundo o ministério, a tabela de valores sofreu uma readequação, pois os hospitais passaram, desde o ano passado, a pagar menos pelos remédios usados no tratamento, resultado de um acordo fechado entre a pasta e os laboratórios.
Um exemplo citado é o preço do Glivec, fabricado pelo laboratório Novartis, que caiu pela metade. De janeiro de 2011 a dezembro de 2012, cada comprimido de Glivec sairá por R$ 20,60, contra R$ 42,50 pagos em 2009. O medicamento é usado para tratar aproximadamente 7,5 mil pacientes com LMC e um tipo de câncer gastrointestinal.
O governo federal garante que os pacientes e as instituições não sofrerão prejuízo com a mudança. No entanto, a medida gerou críticas da Associação Brasileira de Hematologia e Hemoterapia (ABHH). Para o presidente da entidade, Carmino de Souza, os novos valores são insuficientes para viabilizar um tratamento adequado aos portadores da doença. “Esse valor não dá para pagar a quimioterapia. Doentes vão deixar de receber remédios. As instituições não têm condições de arcar”, disse à Agência Brasil.
A associação solicitou uma audiência ao novo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, para pedir a revisão das portarias. A ABHH estima em 4,5 mil os novos casos de LMC por ano no país. A estimativa do Instituto Nacional de Câncer (Inca) é de aproximadamente 12 mil novos casos de linfomas por ano.
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