Com mais adeptos, mercado de ioga no Brasil se aquece

A ioga ganha cada vez mais adeptos, que relaxam com as aulas. Por conta disso, os negócios ligados a essa milenar filosofia estão aquecidos e faturam alto. O empresário Henry Shida fabrica as cadeiras que são usadas nas aulas de ioga. Ele começou a produzir em 2000. O modelo é sem encosto, só com assento, […]

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A ioga ganha cada vez mais adeptos, que relaxam com as aulas. Por conta disso, os negócios ligados a essa milenar filosofia estão aquecidos e faturam alto.

O empresário Henry Shida fabrica as cadeiras que são usadas nas aulas de ioga. Ele começou a produzir em 2000. O modelo é sem encosto, só com assento, usado para fazer posturas e meditação.

“O mercado de bem estar está em alta, né? E a gente pegou esse produto cadeira de ioga para entrar junto nesse mercado”, diz o empresário.

As cadeiras são feitas de tubos de aço. Eles são cortados, dobrados e soldados. O assento de madeira é feito fora, em outra empresa. Ele é lixado e envernizado. Para conquistar os clientes, o desafio é fazer uma cadeira leve, mas muito resistente. As da empresa de Shida suportam até 130 kg.

Para montar uma pequena fábrica de cadeiras de ioga, o investimento é de R$ 100 mil. Hoje a fábrica produz 300 cadeiras de ioga por mês. Cada uma custa R$ 90. São vendidas para 20 academias em São Paulo e no Rio De Janeiro.

“Tem que pensar muito na qualidade do produto, por o mercado ser cada vez mais exigente, e ter um preço justo”, afirma o empresário.

Academia

Outra oportunidade nesse mercado está em uma rua tranquila do bairro de Perdizes, em São Paulo. É uma academia de ioga. A localização é uma das condições para o negócio dar certo. A proposta é criar um espaço à parte. Fotos da natureza, música ambiente, escultura, desenhos pelas paredes.

Quem montou a academia foi o empresário Sandro Bosco, há 15 anos. Ele garante: esse mercado nunca esteve tão bom. “Qualidade de vida, que está em alta, a gente vê uma adesão maior das pessoas a se movimentarem, a praticarem esportes”, afirma.

As aulas combinam exercícios, meditação e relaxamento. A concentração e o silêncio são tantos que a gente até escuta a respiração dos alunos.

A ioga também exige força. Para as turmas mais adiantadas os exercícios são bem puxados. Eles se esticam como um elástico: pescoço, ombro, pernas em posturas que não são para qualquer um.

O empresário e professor não descuida. Vigia e corrige cada postura de cada aluno. Bosco sabe que o grande marketing do negócio é o aluno gostar das aulas e indicar a academia para os amigos

O investimento para montar uma academia de ioga é de R$ 100 mil. Inclui reforma e decoração do espaço e compra de equipamentos.

“Numa sala, é muito importante você dar atenção para o piso. De madeira dá uma boa aderência para exercícios de pé e dá conforto térmico e boa higiene”, afirma. De acordo com o empresário, cintos na parede, chamados de corunta, também favorecem para uma série de posturas dos alunos, além de uma sala com boa iluminação interna e externa (solar), que torna o ambiente mais saudável.

O empresário treina, ainda, quem quer abrir um negócio. Para se tornar um instrutor de ioga, é preciso fazer um curso de três anos. O preço é por semestre é de R$ 1.950.

“Ofereceremos agora na programação como montar o seu próprio local, como estruturar o próprio local, como abordar os alunos para que eles sintam que estão entrando numa escola de ioga”, afirma.

Para aumentar o faturamento da academia, a dica é vender alimentos naturais, livros e acessórios para os alunos. Esses produtos representam 15% do faturamento da empresa.

Rotatividade

Uma das dificuldades das academias é a rotatividade dos alunos, que costuma ser alta. Aqui, na academia de Bosco, por exemplo, é de 30%. A empresa, contudo, tem uma maneira de diminuir esse impacto, que no tipo de inscrição. Os alunos não pagam mensalidade, eles compram pacotes de aulas e fazem quando querem.

O local tem 200 alunos, número que aumenta 25% por ano. Segundo Bosco, é um mercado cheio de oportunidades. “Tem muito espaço no Brasil, o Brasil é um país muito inexplorado. Há uma falta enorme de escolas de ioga, praticamente em todo o país”, afirma.

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