A operação é coordenada pela Secretaria de Segurança, por meio da Polícia Militar e da Polícia Civil, com apoio da Marinha do Brasil (Corpo de Fuzileiros Navais), da Polícia Federal, do Corpo de Bombeiros, da Defensoria Pública do estado e da Prefeitura do Rio. A ação conta também com a colaboração do Exército e da Força Aérea Brasileira.

Mais de 750 pessoas participam da operação (Foto: Robson Bonin/G1)Ao todo, mais de 750 pessoas participam da operação, que tem o apoio de 14 blindados das polícias e dos Fuzileiros Navais (entre Piranhas, Lagartas Anfíbio – Clanf e M-113), além de quatro helicópteros, caminhões, motos, reboques, ônibus, ambulâncias e outros veículos.

Além da Mangueira, as comunidades Morro dos Telégrafos, Candelária e Tuiuti também serão ocupadas. Quando inaugurada, a 18ª UPP fechará um conjunto de favelas que compreende todo o Complexo da Tijuca. Após a inauguração, 315 mil pessoas serão beneficiadas diretamente e cerca de 1,5 milhão indiretamente.

Participam da incursão policiais do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), do Batalhão de Choque da Polícia Militar (BPChoque), Companhia de Cães. Para impedir a movimentação de criminosos pela região policiais do 3º BPM (Méier), 4º BPM (São Cristóvão) e 6º BPM (Tijuca) farão o cerco a estas comunidades.

Homens da Corregedoria da PM e da Defensoria Pública participam da operação para atender a população em caso de queixas. Bombeiros e médicos estão de prontidão caso haja necessidade de atender feridos.

Os preparativos para instalação da UPP

 A ocupação foi divulgada para evitar confrontos com traficantes. A preparação começou há alguns meses. Em maio, foi montada uma grande operação para combater o tráfico na região. Drogas e armas foram apreendidas e um túnel que era usado como rota de fuga por traficantes foi descoberto. Apolícia acredita que o chefe do trafico no Morro da Mangueira, o Polegar, tenha fugido.

O Disque Denúncia oferece R$ 2 mil de recompensa para quem der informações sobre o paradeiro do suspeito. Além da Mangueira também devem ser ocupados os morros Telégrafos e Parque Candelária. Outras operações No dia 17 de junho, policiais do Batalhão de Choque da Polícia Militar (BPChq) fizeram uma operação numa área próxima à Mangueira. Os agentes estiveram no Morro do Tuiuti, em São Cristóvão. Houve troca de tiros, mas ninguém ficou ferido. Dois suspeitos de envolvimento com o tráfico de drogas foram presos e dois veículos recuperados.

A polícia também achou um saco de drogas dentro de um pote de sorvete. No dia 19 de maio, o Bope, com o apoio de quatro batalhões, fez uma operação no local, que envolveu 115 policiais militares. A incursão resultou na apreensão de drogas e a descoberta de um túnel de 200 metros, com revestimento e iluminação para abrigar traficantes. A mobilização foi ordenada pelo comando-geral da PM.

No dia 21, dois suspeitos foram baleados durante uma troca de tiros com o Bope, durante uma operação na comunidade. Cerca de 70 agentes participaram da ação, que também foi realizada no Morro Tuiuti. No dia anterior, uma operação policial para coibir roubo e furto de veículos, na região de São Cristóvão até a comunidade da Mangueira, terminou com 12 motos e um carro apreendidos, duas pessoas presas e oito máquinas caça-níqueis apreendidas.