Cícero decide e São Paulo vence Avaí de virada

Em meio à extrema confusão tática armada por Adilson Batista, o São Paulo pode colocar na conta de Cícero a vitória por 2 a 1 sobre o Avaí, conquistada neste domingo, na Ressacada, pela 15.ª rodada do Brasileirão. O meia substituiu o poupado Rivaldo, foi titular tricolor pela primeira vez, e soube aproveitar as duas […]

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Em meio à extrema confusão tática armada por Adilson Batista, o São Paulo pode colocar na conta de Cícero a vitória por 2 a 1 sobre o Avaí, conquistada neste domingo, na Ressacada, pela 15.ª rodada do Brasileirão. O meia substituiu o poupado Rivaldo, foi titular tricolor pela primeira vez, e soube aproveitar as duas oportunidades que teve. Fez um gol de cabeça e outro com extrema frieza, com um leve toque de cobertura. William havia aberto o placar.

Desde o dia 3 de fevereiro o São Paulo não vencia uma partida de virada. Desde os 3 a 2 sobre o Linense, sempre que saía perdendo acabava derrotado. Com a vitória deste domingo, mostrou poder de recuperação. Chegou à sua segunda vitória seguida, também à terceira em sequência jogando como visitante, e foi a 31 pontos. Só fica atrás de Flamengo, que tem 33, e Corinthians, com 32.

Como Vasco e Palmeiras tropeçaram neste final de semana, o São Paulo se garante entre os três primeiros por mais uma rodada, pelo menos. No sábado que vem, recebe o Atlético-PR, no Morumbi, às 18h30. Antes, na quarta, às 19h, visita o Ceará pela Copa do Brasil sem Lucas, que vai servir à seleção. Cícero por substituí-lo. O Avaí, que tem 13 pontos, caiu para 18.º e confirmou o Santos fora da zona de rebaixamento. No sábado, o time avaiano visita o Cruzeiro.

O JOGO – Contra um time que joga com três zagueiros e dois volantes que voltam para marcar, era de se esperar que o São Paulo atuasse com pelo menos um centroavante no meio da área. Adilson Batista, porém, preferiu escalar o único atacante, Dagoberto, como armador. Quem jogava mais adiantado era Cícero. Wellington, que vinha se destacando como primeiro volante, também recebeu a incumbência de criar jogadas. Desta forma, o São Paulo tinha uma linha de cinco jogadores batendo de frente com os cinco marcadores do Avaí. No primeiro tempo, a opção pareceu ser a pior possível.

Tanto que as chances reais de gols foram só duas nos primeiros 45 minutos. Uma apenas do São Paulo, com Carlinhos chutando de fora da área e mandando a bola perto do ângulo direito de Felipe. O Avaí descontou com cruzamento de Pedro Ken no qual Welton Felipe cabeceou para fora, com perigo.

Mesmo tendo um time claramente superior ao do Avaí, o São Paulo não conseguia produzir nada de relevante. Não por falta de vontade, mas por falta de um esquema tático definido. Para piorar, o time era vulnerável na defesa. Aos 15 minutos do segundo tempo, após bate-rebate, Willian dominou no meio da área, bateu rasteiro, Rogério Ceni se jogou antes mesmo de ver para onde a bola iria e acabou levando o gol.

Apesar de ter um time leve, o São Paulo só empatou na bola aérea. Após escanteio batido por Dagoberto da direita, Cícero subiu mais que a zaga, testou firme no canto direito de Felipe e deixou tudo igual. Logo em seguida, Adilson realizou a modificação que já vinha programando: pôs Ilsinho, visivelmente fora de forma, no lugar de Jean. Com isso, Denilson virou zagueiro e o São Paulo passou a jogar no 3-5-2.

O mesmo Cícero, quatro minutos depois, virou o jogo. Dagoberto tocou para Cícero em profundidade e o meia teve frieza ímpar. Chutou o ar, deixou Felipe caído no chão, e tocou de cobertura, fazendo um golaço.

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