O ministro chileno de Energia, Rodrigo Álvarez, afirmou que o apagão que afetou grande parte do Chile neste sábado (24) foi provocado por dois fatores. Segundo ele, houve uma falha na subestação de Ancoa, em Linares, na região central do país, seguida por um defeito nos sistemas de computadores que impediu o rápido retorno da eletricidade. De acordo com Álvarez, a energia foi restabelecida em 90% dos lugares atingidos pelo blecaute.

“Primeiramente, houve oscilações nas linhas de 500 kilowatts. Depois, houve uma queda nos sistemas dos computadores que impediu o rápido retorno da eletricidade”, disse o ministro à imprensa .

O apagão, segundo Álvares, durou pouco mais de duas horas e afetou mais de 9 milhões de usuários.

Saques

Durante o apagão, um supermercado em Quilicura, na Grande Santiago, foi saqueado. O subsecretário do Interior, Rodrigo Ubilla, informou que os Carabineros prenderam algumas pessoas, mas não deu mais detalhes sobre o caso.

O ministro da Energia disse ainda que a eletricidade foi sendo restabelcida em Providencia, Ñúñoa, Las Condes, Vitacura, Santiago Centro, Quilicura e na maior parte da Grande Santiago. De acordo com Álvares, os lugares que ainda estão sem luz serão atendidos por equipes de campo ao longo do dia.

O apagão, segundo o Escritório Nacional de Emergências (Onemi), começou às 20h30, afentando a partir da quarta região (norte) até o sétimo (sul), das 15 que compõem o Chile, incluindo a capital, que tem mais de 6 milhões de pessoas.

A falta de energia interrompeu o funcionamento do metrô e telefonia móvel e fez inúmeros shows serem cancelados. Na capital, o aeroporto internacional pôde continuar funcionando com normalidade, já que dispõe de gerador.

Em alguns locais de Santiago o serviço de eletricidade estava retornando após 50 minutos de blecaute, de acordo com as estações de rádio locais.

A última falha de energia semelhante havia ocorrido em março de 2010. Naquela época, as autoridades disseram que o sistema chileno elétrico ficaria instável por pelo menos dois anos, devido aos danos causados pelo terremoto de 27 de fevereiro de 2010, de  magnitude 8,8 que matou mais de 500 mortes.