O estudo foi publicado na edição de novembro da revista norte-americana “Law and Business Review of the America”.

Pesquisadores do IDP (Instituto de Direito Público), em Brasília, concluíram que é de 3% a chance de um servidor público ser condenado por corrupção no Brasil, em um estudo publicado na edição de novembro da revista norte-americana “Law and Business Review of the America”.

Em “Corrupção e Judiciário: a (in)eficácia do sistema judicial no combate à corrupção”, os pesquisadores Carlos Higino e Ivo Gico Júnior analisaram os casos de 687 trabalhadores demitidos em 25 ministérios e na Presidência da República entre 1993 e 2005.

Do total, 441 passaram por processo administrativo por suspeita de corrupção, mas apenas 224 foram denunciados à Justiça. Desses, 150 responderam ação penal e 45 foram condenados em alguma instância. Porém, só em 14 casos esgotaram-se as possibilidades de recurso.

Os pesquisadores ficaram surpresos com o pequeno número de punidos, pois se os servidores foram demitidos em processos administrativos, já haviam sido responsabilizados de alguma maneira pelo governo.

A conclusão é de que a Justiça é ineficiente e está despreparada para combater casos de corrupção, principalmente por ser muito lenta.