Capitão do Corumbaense pede desculpas à torcida por rebaixamento

O rebaixamento do Corumbaense para a Série B do Estadual, na manhã deste domingo, 22 de maio, em pleno estádio Arthur Marinho, veio com o resultado que mais perseguiu o Carijó ao longo de todo o Estadual da Série A de 2011. Foi o sétimo empate em 13 jogos disputados. A equipe pantaneira foi disparada […]

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O rebaixamento do Corumbaense para a Série B do Estadual, na manhã deste domingo, 22 de maio, em pleno estádio Arthur Marinho, veio com o resultado que mais perseguiu o Carijó ao longo de todo o Estadual da Série A de 2011. Foi o sétimo empate em 13 jogos disputados.

A equipe pantaneira foi disparada a que mais empatou na competição. Embora o time criasse jogadas e chegasse em condições de marcar, o gol insistiu em não sair. Com o de Mateus diante do Sete de Setembro, neste domingo, o time da General Rondon chegou apenas ao nono gol marcado. A defesa, ao contrário, teve de buscar a bola no fundo da rede 10 vezes.

Uma situação difícil de explicar, tanto para o técnico como para jogadores. “O time não perde, dificilmente o time perde. Mas, também não ganha. É uma infelicidade que as coisas vêm se repetindo”, disse o treinador Osvaldo Júnior a este Diário, logo após o encerramento da partida contra a equipe de Dourados.

Capitão do Corumbaense, o volante Chiquinho não vê explicações para os inúmeros e seguidos empates que acabaram por levar o alvinegro para a Segundona. “Essa foi a melhor equipe que o Corumbaense já montou. Infelizmente a bola não entra, é difícil entender”. O meia-atacante Eric também não sabe o que houve com a equipe ao longo desses 13 jogos. “São coisas que acontecem no futebol e não têm como explicar. Fizemos grandes partidas, mas infelizmente o resultado não veio. Não tem explicação o que aconteceu, a gente trabalhou e procurou sempre o melhor, mas não aconteceu”, afirmou.

Frustração

A queda para a Segunda Divisão do Estadual sul-mato-grossense em 2012 foi bastante sentida pelo treinador e atletas. Todos destacaram a tristeza como principal sentimento após a manhã fatídica na história do clube quase centenário.

“É uma tristeza muito grande. Não sei como foi a pré-temporada, pegamos o grupo em andamento, mas não me isento de culpa jamais, tenho responsabilidades também. Temos que pensar o que foi feito de certo e de errado, colocar a cabeça no lugar porque o trabalho continua. Vim pra cá no intuito de ajudar, me convidaram, a situação estava difícil, vim para ajudar e se pudermos ajudar, com certeza”, afirmou Osvaldo Júnior.

Inconformado com o rebaixamento, o capitão Chiquinho – que é “prata da casa” – só tinha uma palavra em mente: desculpa. “É muito triste, por ser da casa. Hoje, gostaria de estar levantando o troféu de campeão e dando a vaga da Copa do Brasil para a torcida. Como sou da casa é difícil segurar e só tenho que pedir desculpas ao nosso torcedor. O que temos de fazer é nos desculparmos com a nossa torcida”, afirmou com a voz levemente embargada.

Erik também lamentou a queda, mas já se colocou à disposição do clube para 2012. “É triste e complicado. Viemos com intuito de buscar coisas melhores, como as finais e o título, mas infelizmente não foi possível. No meu caso, se for preciso voltar aqui para jogar a Segunda Divisão e ajudar a levantar o Corumbaense, estou à disposição”.

Sem tapetão

Diretor de Futebol do Corumbaense, Jorge Freitas lamentou profundamente a queda para a Segundona e se posicionou contrário a qualquer virada de mesa ou tapetão para manter o clube na Série A em 2012. “Não é o que queríamos, mas infelizmente aconteceu. É uma situação que mostra que o Corumbaense precisa mudar tudo, inclusive sua diretoria”, afirmou o diretor. Ele chegou a declarar que coloca o cargo à disposição e disse que quem tiver interesse em assumir a gestão “que se manifeste”, mas é preciso “colocar a cara a tapa, como fez esta diretoria”, completou.

A possibilidade de alteração no regulamento para que apenas uma equipe de cada grupo caia para a Série B em 2012, livrando o Carijó da degola foi fortemente repudiada por ele. “Sou contra qualquer ação, regulamentos têm de ser cumpridos e não considero essa hipótese. Entramos pela porta da frente e vamos sair pela mesma porta.”

O corumbaense é o sétimo colocado na chave A com 13 pontos. A equipe cumpre tabela no próximo domingo, dia 29, contra o Itaporã, também no Arthur Marinho, no encerramento da primeira fase do Estadual.

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