Câmbio flutua dos dois lados, alerta presidente do Banco Central
No dia em que o Banco Central (BC) anunciou medidas para conter a queda do dólar, o presidente da instituição, Alexandre Tombini, recomendou que as empresas e pessoas físicas tenham cautela e evitem assumir dívidas atreladas à moeda norte-americana. Segundo ele, o câmbio flutuante depende de fatores externos e quem aposta no dólar barato pode […]
Arquivo –
Notícias mais buscadas agora. Saiba mais
No dia em que o Banco Central (BC) anunciou medidas para conter a queda do dólar, o presidente da instituição, Alexandre Tombini, recomendou que as empresas e pessoas físicas tenham cautela e evitem assumir dívidas atreladas à moeda norte-americana. Segundo ele, o câmbio flutuante depende de fatores externos e quem aposta no dólar barato pode se surpreender caso a cotação volte a subir.
“O câmbio flutua para os dois lados. Os cidadãos e empresas têm de ter cautela quando assumem compromissos em moeda estrangeira. É sempre bom lembrar que uma tendência de curto prazo não quer dizer que vá se prolongar no tempo. Essa coisa pode mudar”, declarou Tombini, na primeira entrevista após assumir o comando do BC.
O presidente do BC lembrou o início da crise financeira em 2008, quando várias grandes empresas fizeram apostas no mercado futuro na queda do dólar e tiveram prejuízos quando a cotação disparou após a quebra do banco norte-americano Lehman Brothers. “O que foi dito é o mesmo de meados de 2007 e de 2008. Por questões externas, o real se desvalorizou rapidamente e pegou agentes da economia desprevenidos”, recordou.
Tombini ressaltou que o Brasil está autorizado pelo G20 (grupo que reúne as maiores economias do mundo) a tomar medidas prudenciais para lidar com a guerra cambial. Por meio das medidas prudenciais, o governo altera regras para diminuir os riscos e melhorar a saúde do sistema financeiro. “O G20 e o FMI [Fundo Monetário Internacional] têm unificado a sua posição, reconhecendo a legitimidade de medidas de câmbio que visam a assegurar a estabilidade financeira em momentos de grandes volumes [de fluxos] de capitais internacionais”, avaliou.
De acordo com o presidente do BC, o volume de apostas nos bancos com a queda do dólar estava “superdimensionado” em relação aos US$ 2 bilhões por dia movimentados no mercado cambial brasileiro. “A medida tem por objetivo redimensionar a posição de câmbio vendida dos bancos. Agora, essa posição ficará mais em linha com o giro do mercado”, explicou.
Tombini negou ainda que o aumento do depósito compulsório para bancos que apostam no dólar baixo, anunciado hoje (6), tenha tido o objetivo de conter a quantidade de dinheiro em circulação. Segundo ele, a política monetária visa apenas a atingir a meta de inflação, hoje em 4,5%, e isso é feito por meio da calibragem da Selic, a taxa básica de juros.
Notícias mais lidas agora
- Polícia investiga ‘peça-chave’ e Name por calúnia contra delegado durante Omertà
- Ex-superintendente da Cultura teria sido morto após se negar a dar R$ 200 para adolescente
- Suspeito flagrado com Jeep de ex-superintendente nega envolvimento com assassinato
- Ex-superintendente de Cultura é assassinado a pauladas e facadas no São Francisco em Campo Grande
Últimas Notícias
Neto tem busto inaugurado no Parque São Jorge e se emociona em homenagem do Corinthians
José Ferreira Neto se emocionou diante do reconhecimento do seu time do coração
Mulher é presa ao tentar entrar em presídio de Corumbá com maconha escondida na calcinha
Suspeita disse que levaria a droga para o marido e que ele repassaria o entorpecente para outro detento
Com mais de 70% da população adulta acima do peso, demanda por cirurgias bariátricas cresce em MS
Até setembro de 2024, Campo Grande registrou 112 cirurgias bariátricas realizadas pelo SUS
Newsletter
Inscreva-se e receba em primeira mão os principais conteúdos do Brasil e do mundo.