Brasileiras dão baile na Argentina e faturam o Sul-Americano de Vôlei

A missão principal já tinha sido cumprida, mas a soberania no Sul-Americano estava ali, pedindo para ser aumentada mais um pouquinho. Neste domingo, um dia depois de se garantir na Copa do Mundo do Japão, a seleção brasileira feminina de vôlei disputou a final do Sul-Americano, em Lima. Com grandes atuações de Jaqueline e Sheilla, […]

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A missão principal já tinha sido cumprida, mas a soberania no Sul-Americano estava ali, pedindo para ser aumentada mais um pouquinho. Neste domingo, um dia depois de se garantir na Copa do Mundo do Japão, a seleção brasileira feminina de vôlei disputou a final do Sul-Americano, em Lima. Com grandes atuações de Jaqueline e Sheilla, deu um baile na Argentina, venceu por 3 sets a 0 (25/10, 25/7 e 25/17) e conquistou o troféu pela 17ª vez, a décima seguida. Uma campanha invicta, sem perder um set sequer.

– Não é só a felicidade de ter vencido, mas a forma como foi. A seriedade com que as argentinas jogaram foi a coisa mais legal que vi nesse campeonato – disse o técnico José Roberto Guimarães.

O próximo desafio da equipe será daqui a duas semanas, em Guadalajara. A seleção campeã olímpica buscará o ouro nos Jogos Pan-Americanos, título que escapou em 2007, no Rio de Janeiro, diante de Cuba. No México, a seleção voltará a ter Paula Pequeno e Natália.

No Sul-Americano, o Brasil é soberano. Em 29 edições, além dos 17 títulos, conquistou a prata 11 vezes. Em 1964 o time não competiu.

Na edição peruana, em Lima, a meta era se classificar à Copa do Mundo, campeonato que carimbará o passaporte de três seleções às Olimpíadas de Londres-2012. E a vaga para competir no Japão em novembro veio com a vitória sobre a Colômbia, único time que conseguiu marcar 20 pontos em um set contra o Brasil.

Contra a Argentina, um jogo com pouca cara de final. Na primeira fase, a vitória brasileira tinha sido por 3 sets 0 (25/19, 25/10 e 25/8).

No primeiro set deste domingo, as hermanas pecavam na recepção. Antes da primeira parada técnica, Sheilla deixou o time com cinco pontos de vantagem (8 a 3). O técnico José Roberto Guimarães, perfeccionista, pedia ajustes técnicos. E orientava Dani Lins, que passou a acionar bem Jaqueline e Thaisa. Na segunda parada, a seleção estava nove pontos à frente. A diferença chegou a 14 duas vezes antes de Jaque fechar em 25 a 10, com um saque.

A segunda parcial também começou tranquila. O Brasil abriu 5 a 1, e Jaque marcou seu oitavo ponto na partida antes da parada-técnica, em 8 a 4. Sheilla, que tinha errado duas bolas no início do set, se redimiu com quatro pontos de ace. Com ela no saque, a vantagem brasileira chegou a 13 pontos: 17 a 4. E só então a Argentina voltou a pontuar, duas vezes. Jaque foi para o saque e não saiu mais até o set point, em 24 a 6, com um bloqueio de Fabiana. Após um longo rali, as argentinas salvaram o ponto. No seguinte, Dani Lins acionou Mari, que cravou 25 a 7.

A Argentina entrou mais vibrante no terceiro set e até conseguiu marcar seu primeiro ponto de bloqueio na partida (6 a 4 para o Brasil). Três erros seguidos da seleção fizeram as hermanas se animarem. Na segunda parada técnica, a vantagem era de seis pontos (16 a 10), mas Zé Roberto pedia atenção. Deu certo. Numa linda bola de segunda de Dani Lins, o Brasil fez 21 a 12. As argentinas apostaram na bola rápida de meio, arremataram mais quatro pontos, mas as brasileiras chegaram ao match point com um ace de Fabiana. Perderam uma chance de fechar, e Sassá pôs fim ao jogo em 25 a 17.

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