Brasil vai investigar produtos chineses para conter importações, diz agência internacional

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, confirmou para a agência interncional de notícias Reuters que o governo brasileiro planeja novas medidas para proteger a indústria local da queda do dólar, incluindo a investigação sobre produtos chineses que entram indevidamente no país por outras nações. Pimentel disse que a chamada “triangulação”…

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O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, confirmou para a agência interncional de notícias Reuters que o governo brasileiro planeja novas medidas para proteger a indústria local da queda do dólar, incluindo a investigação sobre produtos chineses que entram indevidamente no país por outras nações.

Pimentel disse que a chamada “triangulação” de bens será a primeira suspeita de fraude que será investigada. O caso envolve cobertores vindos da China que chegaram ao Brasil via Paraguai e Uruguai, com mais investigações sendo esperadas para os próximos meses, afirmou.

As medidas ocorrem conforme a presidente Dilma Rousseff enfrenta grande pressão de manufatureiros, importante eleitorado, para desacelerar uma enxurrada de produtos importados.

O dólar está relativamente próximo das mínimas da década, graças à força da economia brasileira e à avalanche de capitais oriunda do mundo desenvolvido.

“Não podemos ficar parados assistindo a nossa indústria ser devastada pela taxa de câmbio, que não vai mudar no curto prazo”, afirmou Pimentel.

O ministro também se reunirá com uma nova equipe de autoridades da Receita Federal e do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior para monitorar as importações, um passo que, segundo ele, vai substancialmente melhorar a capacidade do governo de compartilhar informações e identificar “dumping” e outras práticas comerciais injustas.

Alguns líderes empresariais brasileiros têm pedido por ações como essa há meses.

As medidas, somadas a outras recentes ações incluindo novas barreiras para reduzir a importações de automóveis, ameaçam provocar uma nova onda de protecionismo na América do Sul, possibilidade totalmente descartada por Pimentel.

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