O Brasil vai acompanhar todas as medidas que forem anunciadas internacionalmente referentes a novas normas para a construção de usinas nucleares. Após o terremoto e o tsunami que colocam em risco as usinas nucleares de Fukushima, no Japão, iniciou-se uma discussão internacional sobre os programas nucleares e sua segurança.

O ministro da Ciência e Tecnologia, Aloísio Mercante, afirmou que é uma crise que está em evolução e não se sabe ainda quais serão os seus desdobramentos para a definição da matriz energética internacional.

‘O acidente acontece justamente no momento em que a energia nuclear estava se firmando, por ter baixíssimos níveis de emissão de gases poluentes, e agora surge essa dúvida de como agir, com o temor do acidente’, afirmou.

Ele lembrou que o Brasil é muito pouco dependente da energia nuclear, já que conta apenas com duas usinas e tem uma terceira em construção. Ele disse também que as unidades brasileiras contam com um nível de segurança superior às do Japão, já que o Brasil não conta com histórico de acidentes naturais nem próximos ao ocorrido no país asiático.

‘O que aconteceu no Japão é um cenário que o Brasil jamais registrou. Aquele é um cenário limite de devastação, o Brasil não tem esse risco. As usinas de Angra foram construídas para aguentar um terremoto de até 6,5 graus na escala Richter e tsunamis de até 7 metros de altura’, afirmou.

Apesar de ainda não ter registrado mudanças no programa nuclear brasileiro, o ministro garantiu que o país vai acompanhar todas as indicações internacionais de segurança. ‘Tomaremos todas as medidas necessárias para acompanhar os protocolos internacionais, que certamente serão muito mais rigorosos’, disse. Ele participou de um evento na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).