Porto Rico bem que tentou fazer frente ao Brasil, mas acabou se tornando um espectador de luxo do passeio dos anfitriões. Após um primeiro set marcado por muitos erros de saque, a equipe de Carlos Cardona ficou desnorteada pelos ataques de Murilo e Lucão e pouco ameaçou no ginásio do Ibirapuera, em São Paulo. Em três sets, com parciais de 25/20, 25/10 e 25/23, o time de Bernardinho somou mais três pontos e, com a ajuda da Polônia, que derrotou os Estados Unidos, voltou a disparar na liderança do Grupo A da Liga Mundial, com 18 pontos.

– Somamos mais três pontos importantes e estamos caminhando para a classificação para a fase final. Precisamos de outra boa vitória amanhã – disse Murilo, maior pontuador da partida, ao lado do central Lucas, com 12 pontos.

 Porto Rico começou a partida sem dar refresco ao Brasil e abriu 2/0 com um bloqueio de Figueroa. E, mesmo quando ultrapassada pelo time de Bernardinho, a equipe estrangeira seguiu na cola, se aproveitando principalmente dos erros de saque dos anfitriões.

Com Soto bem marcado, Figueroa chamou a responsabilidade e voltou a colocar os visitantes na frente: 16/15. Igualdade recuperada na sequência, Bernardinho promoveu a inversão para reforçar a rede, com Marlon e Théo. O levantador explorou as jogadas rápidas pelo meio e, quando o bloqueio rival se postou ali, usou bem os ponteiros Murilo e Giba. Com uma pancada de Lucão no saque, a seleção fechou a parcial em 25/20.

Brasil vence set pela maior diferença na Liga: 25 a 10

Embalado, o Brasil disparou na frente no início no segundo set, fazendo 8/3 em um erro do ataque porto-riquenho. A vantagem foi ampliada para sete pontos quando Giba foi para o saque. Por duas vezes, Lucão aproveitou a defesa mal feita para cravar junto à rede. Desnorteados, os estrangeiros cederam pontos bobos, como em uma boba passada de graça por Bruninho, que ninguém defendeu.

Murilo, antes mais focado no passe, passou a ser mais acionado no ataque, e correspondeu plenamente. Lucão, pelo meio, virou quase tudo que tentou. Em novo serviço do capitão brasileiro, o caçula da família Endres fez 25/10 e encerrou um set para os jogadores de Porto Rico apagarem da memória. A diferença foi a maior na competição até o momento.

Após levar uma chamada do técnico Carlos Cardona, o time de Porto Rico voltou mais ligado para o terceiro set, mas seguiu dando pontos ao Brasil. No time da casa, Bruninho passou a soltar mais a bola para Vissotto que, bem marcado, não teve um grande aproveitamento. Murilo e Lucão, entretanto, tratavam de manter o país na frente no placar.

Relaxado pelo resultado elástico na parcial anterior, a seleção abusou dos erros e viu a vantagem aberta no início se dissipar aos poucos pelas mãos de Soto e Rivera. Bernardinho foi à loucura e pediu tempo para acordar seus comandados. A bronca surtiu efeito, e o Brasil voltou a pontuar em série. O bloqueio de Porto Rico até tentou adiar a festa da torcida, mas Giba deu números finais ao confronto: 25/23.