O deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) discutiu com a senadora Marinor Brito (Psol-PA) durante reunião da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado nesta quinta-feira (12). Os dois se desentenderam durante debate sobre o projeto de lei que pune a discriminação a homossexuais.

Segundo informações da Agência Senado, quando a reunião terminou, Bolsonaro se posicionou próximo a uma câmera que filmava entrevista com a senadora Marta Suplicy (PT-SP), no corredor das comissões. Ele tinha em mãos um panfleto com críticas ao Plano Nacional de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos de LGTB (Lésbicas, Gay, Bissexuais, Travestis e Transexuais).

De acordo com o panfleto, o plano pretende transformar jovens estudantes em homossexuais. Segundo o governo, o plano, que envolve material a ser distribuído nas escolas, foi elaborado para incentivar a tolerância e o respeito às diferentes opções sexuais.

A senadora Marinor fez um gesto brusco para retirar o panfleto da frente das câmaras e acusou o deputado de “homofóbico” e “assassino de homossexuais”. Os dois começaram a discutir e a se acusar. Bolsonaro afirmou que tinha o direito de se manifestar e chamou Marinor de “heterofóbica”.

Por causa do bate-boca, a entrevista com Marta Suplicy foi interrompida, e a senadora não terminou de explicar a decisão tomada durante a reunião, de pedir a retirada de pauta do projeto de lei. A intenção é tentar chegar a um acordo para atender os segmentos que fazem oposição ao texto, especialmente igrejas evangélicas. Integrantes destas igrejas estiveram na reunião, usando um adesivo na boca, como um símbolo de que projeto oprime seus direitos de expressão.

Marinor Brito relatou o fato na reunião da CDH, e pediu ao presidente da comissão, Paulo Paim (PT-RS), que tome as providências cabíveis.