Fazia tempo. Pouco mais de oito anos. Hoje, enfim, o Brasil volta a ter um tenista nas semifinais de um torneio da série Masters 1.000. Com mais uma atuação impecável, Thomaz Bellucci derrotou Tomas Berdych, número 7 do mundo, por 7/6(2) e 6/3, em 1h33m, e se colocou no grupo dos quatro melhores no Masters de Madri.

O último a ir tão longe em simples em um torneio tão importante foi, obviamente, Gustavo Kuerten. Em março de 2003, o tricampeão de Roland Garros aplicou um pneu em James Blake e foi às semifinais do Masters de Indian Wells. Guga ainda avançaria à final naquele torneio, mas seria derrotado pelo australiano Lleyton Hewitt, então número 1 do mundo.

A vitória desta sexta-feira, além de consolidar o resultado mais importante da carreira do brasileiro, o colocará novamente perto de entrar no top 20. Com os 360 pontos conquistados na capital espanhola, o paulista subirá da atual 36ª para a 22ª colocação no ranking mundial, deixando para trás nomes como Juan Martín del Potro, Marin Cilic, David Nalbandian e Nikolay Davydenko.

Ao derrotar Berdych, Bellucci também anotou seu segundo triunfo seguido sobre um top 10. Há menos de 24 horas, o brasileiro passou em dois sets pelo escocês Andy Murray, número 4 do mundo. Na carreira, Bellucci tem três vitórias sobre rivais entre os dez melhores do mundo.

Seu próximo adversário em Madri será outro top 10. O número 1 do Brasil agora aguarda o vencedor da partida entre o sérvio Novak Djokovic, vice-líder do ranking, e o espanhol David Ferrer, número 6 do mundo.