A onda de manifestações na Europa em protesto às medidas de austeridade adotadas pelos governos em resposta à crise econômica internacional atingiu hoje (2) a Bélgica. Em Bruxelas, a capital belga, os principais sindicatos convocaram uma greve geral. A paralisação ocorre no momento em que o novo primeiro-ministro belga, Elio Di Rupo, assume o poder, depois de um ano e nove meses de governo provisório.

A crise econômica na Bélgica é acrescida por elementos da política interna, como a disputa de forças entre francófonos e flamengos. Porém, os belgas reagem às medidas de austeridade, anunciadas pelo governo, para garantir o pagamento das dívidas e empréstimos concedidos pela União Europeia.

Para as centrais sindicais belgas, a Federação Geral do Trabalho da Bélgica (cuja sigla é FGTB), a Confederação de Sindicatos Cristãos (cuja sigla é CSC) e o Sindicato Liberal (cuja sigla é CGSLB), as medidas de austeridade podem agravar a situação econômica e não combatê-la. A ideia é reunir 50 mil pessoas apenas em Bruxelas nas manifestações convocadas para hoje.

O orçamento belga estima que o déficit do Produto Interno Bruto (PIB) atinja 2,8% em 2012 e o alcance do equilíbrio orçamental em 2015. De acordo com dados de analistas belgas, 41% dos 11.300 milhões de euros de que o país necessita serão conseguidos por meio de reduções na despesa pública e 36% por intermédio de receitas fiscais (aumento de impostos e tarifas públicas).

Nos últimos dias, gregos, britânicos e portugueses saíram às ruas em protesto contra as medidas de austeridade adotadas em seus países. As centrais sindicais da Grécia, da Grã-Bretanha e de Portugal convocaram paralisação por 24 horas.

Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa