O Banco do Brasil vai praticar taxas de juros diferenciadas para seus clientes pessoas físicas. A ideia é que quem tem melhor histórico de relacionamento com o banco tenha taxas menores, segundo o vice-presidente de Novos Negócios de Varejo do BB, Paulo Rogerio Caffarelli. “É um prêmio ao bom cliente, uma espécie de cadastro positivo interno”, disse o executivo, que participou na manhã desta terça-feira de entrevista com a imprensa para comentar os resultados trimestrais do BB.

O BB já pratica taxas assim no crédito para pessoa jurídica. Na pessoa física, começou a diferenciar as taxas no crédito consignado e no financiamento imobiliário, mas quer levar o projeto para todos os segmentos do crédito ao consumo. O objetivo é evitar as taxas médias, que acabam penalizando o bom pagador em detrimento do inadimplente, diz o executivo.

A diferenciação de taxas de juros é uma das formas encontradas pelo BB para estimular o crédito na pessoa física. O objetivo do banco é ser o líder no segmento no Brasil, hoje dominado pelo Itaú. O BB tem a segunda maior carteira, que fechou o primeiro trimestre em R$ 116 bilhões.

Há dois anos o banco público vem trabalhando com o que chama “BB 2.0”, um programa interno de melhoria da qualidade do atendimento e dos serviços prestados aos clientes. “Queremos ter um atendimento mais personalizado”, diz Caffarelli.