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Banco de medula faz transplantes dispararem no Brasil

O número de transplantes de medula óssea realizados no Brasil aumentou 169% nos últimos cinco anos em relação ao começo da década. E o total de procedimentos feitos com doadores encontrados no próprio País, em pessoas sem grau de parentesco, foi seis vezes maior nesse período. A ampliação desse tipo de transplante, que representa a […]
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O número de transplantes de medula óssea realizados no Brasil aumentou 169% nos últimos cinco anos em relação ao começo da década. E o total de procedimentos feitos com doadores encontrados no próprio País, em pessoas sem grau de parentesco, foi seis vezes maior nesse período.

A ampliação desse tipo de transplante, que representa a única esperança de cura para muitos portadores de leucemias e de outras doenças do sangue, só foi possível graças ao aumento na captação de voluntários. Neste ano, o Registro Nacional de Doadores (Redome) alcançou um recorde de inscritos: 2,2 milhões – um crescimento de 16 mil por cento em 11 anos.

O Redome está integrado com a Rede BrasilCord, que reúne bancos de sangue de cordão umbilical e placentário. Eles foram responsáveis pelos doadores em 68% dos transplantes realizados no País no ano passado. O transplante de doador nacional permite que o procedimento seja feito de forma mais rápida e barata. O valor para importar o material a ser transplantado está entre R$ 45 mil e R$ 50 mil. O transplante realizado com doador nacional sai por R$ 12 mil.

Entre 2006 e 2010, dos 676 transplantes de medula realizados, 403 se deram com doadores localizados no Redome – o que representa 59,6% do total. Foi o caso, por exemplo, da atriz Drica Moraes (veja ao lado). O quadro é bem diferente ao do início da década. Entre 2001 e 2005, houve 251 cirurgias desse tipo e só 68 doadores nacionais – 27% do total. Os outros 183 vieram de bancos internacionais.

A busca nos bancos nacionais e internacionais é feita simultaneamente. O critério para a escolha do doador é o grau maior de compatibilidade. “Houve melhoria da distribuição genética do registro em relação à população. Isso tem significado importante, por causa da nossa miscigenação”, explica o diretor do Centro de Transplante de Medula Óssea do Instituto Nacional do Câncer (Inca) e coordenador do Redome, Luís Fernando Bouzas. “Quando você busca um doador para um brasileiro no registro da Alemanha, por exemplo, 90% deles são caucasianos. Não é a mistura que temos no Brasil.”

Um levantamento feito pelo Inca mostra que a maioria dos doadores voluntários do País é mulher (56%) e 88% têm menos de 45 anos – pessoas que, pela idade, tendem a ficar cadastradas por mais tempo. O Sudeste também concentra o número maior de doadores, com 48% do total, mas o objetivo é que as demais regiões participem mais do banco, para uma maior oferta de variedades genéticas. “O perfil de quem nasce no Nordeste é diferente daquele de quem nasce no Sul”, diz Bouzas. “Quanto maior a diversidade dos doadores, maior a chance de encontrar compatibilidade.”

Pacientes com leucemia, linfoma e anemias graves têm, hoje, 72% de chance de encontrar um doador no Redome do tipo ‘6 por 6’. Isso quer dizer que o voluntário tem seis características genéticas iguais às do receptor. Essa é a primeira triagem feita no banco. É preciso apurar a compatibilidade – o transplante é feito se forem encontradas semelhanças genéticas em pelo menos oito de dez parâmetros. “A partir desse teste, chegamos a uns três potenciais doadores. Então, a chance de encontrar a compatibilidade cai à metade, fica em torno de 45%”, explica Bouzas.

Ao se inscrever como doador, o voluntário tem um pouco de sangue coletado e seus dados são inseridos no Redome. Se as características genéticas forem compatíveis com as de um paciente, ele é procurado pelo banco. A recusa, hoje, está entre 3% e 5%.

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